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A mostrar mensagens de abril, 2010

RTP - gastos infinitos, serviço público quase nulo

O realizador Fernando Vendrell foi o mais emotivo. “A programação da RTP é uma vergonha, é má, inculta, arrogante, brutamontes”, disse, exaltado. Pedro Costa foi directo: “Por que é que os meus filmes passam à meia-noite?”, perguntou a Moura Pinheiro. “O país é muito melhor do que a televisão pública que temos”, reforçou o produtor Pedro Borges. in Público 28.04.2010

Ecopontos, separação e restaurantes

Almocei hoje num restaurante situado na avenida, em Buarcos. Verifiquei que não separam os resíduos nem sequer o vidro. Apesar de terem no interior os contentores (baldes) de 80 litros assinalados: vidro, embalagens. Confrontei os empregados com a situação. Surgiram os argumentos habituais: falta de ecopontos, ecoponto cheio, os outros não fazem e nós também não; eles misturam tudo outra vez; na TV disseram que misturássemos tudo e puséssemos no vidrão; não vale a pena; o lixo misturado dá mais emprego a quem separa;....etc. Enfim, um misto de egoísmo, preguiça e ignorância. Os ecopontos até estão perto do restaurante, cerca de 50 metros, mas...é muito longe ! Todos os dias estes nossos concidadãos enviam para o Aterro (um buraco feio e mal cheiroso no meio da paisagem) milhares de toneladas de matéria-prima útil à criação de riqueza e de emprego. Recursos esbanjados numa época de suposta crise. Através do porto da Figueira Portugal importa milhares de toneladas de vidro recolhido sele

O amiguismo

Marcelo Rebelo de Sousa, Ramalho Eanes, Marçal Grilo, Gonçalo Cadilhe... e algumas outras figuras nacionais, apoiaram ativamente o candidato do PSD na sua recandidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz, em 2009. Apoiaram porque eram "amigos" do candidato, não pelos seus méritos políticos. A dívida da Câmara era conhecida, a Figueira tinha estagnado, os "escândalos" sucediam-se, a manifesta incapacidade para gerir a sua própria equipa era evidente, ...mas "os amigos são para as ocasiões" , queriam eles lá saber da Figueira, dos figueirenses ou do país para alguma coisa ! O que interessava era que o "amigo" fosse eleito ! É consensual que o "amiguismo" é um dos males do país. Os portugueses parecem incapazes de distinguir a pessoa das ações, o bem comum de interesses mesquinhos e pessoais. O "salazarismo" vivia muito deste complexo de "amiguismo" generalizado. "- É pá, és muito boa pessoa, um grande amigo, o

Pesticidas e herbicidas e seu o uso indiscrimado pelo pequeno agricultor

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Quem visita frequentemente a pequena propriedade rural confronta-se com embalagens de pesticidas e herbicidas abandonadas na paisagem. A terra onde estes produtos foram usados sem conhecimento técnico está seca e gretada. Mesmo em áreas onde a agricultura é de subsistência, as borboletas são poucas, as abelhas raras e as joaninhas desapareceram, sem esquecer outros repteis, vertebrados e ... os pirilampos ! - estes devido à poluição luminosa. Vem a isto a propósito da queixa de uma pessoa que se guia pelos princípios da agricultura biológica. " - Uns esforçam-se por preservar a sua saúde e não usam pesticidas nem herbicidas. Outros compram-nos aos litros nas lojas e usam-nos sem rei nem roque. Contaminam não só a sua propriedade mas também as águas e as terras dos outros. Destroem-nos os insectos (as joaninhas...) que controlam as pragas. Enfim, paga o justo pelo pagador. Há mesmo quem use os herbicidas mesmo antes de semear a terra... " - uma estratégia de guerra preventiva.

Vista de Buarcos

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Uma faixa de terreno nobre, junto ao mar, entre a muralha e a areia, o pôr-do-sol, a brisa, ... Aterrou-se. Alcatroou-se. Os postes de iluminação são feios. A estética é pouca e triste. O passeio estreito, pobre e disfuncional. Falta arte e beleza. Salva-se a o verde da relva e as muralhas, na paisagem humanizada. Mais nada. A nobre faixa passou a uma simples estrutura rodoviária. Devido às investidas do mar foi necessário colocar umas enormes pedras para proteger a rodovia, o sacrossanto trânsito automóvel (e talvez involuntariamente a vetusta Muralha...) Sinto que aquela faixa de terreno à beira mar poderia ser nossa : das pessoas que andam, que se sentam numa esplanada, num banco a contemplar o mar; deveria pertencer aos peões e não ser um mero lugar de passagem de automóveis; um lugar estéril... Nos últimos 40 anos cedemos em toda a linha a um utilitarismo cinzento. As cidades, os lugares são feitos à medida do conforto (e da preguiça) de quem se desloca de automóvel. Perdeu-se o

"Caucasianos" , racismo e o título do Diário de Coimbra de hoje

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Num primeiro momento sorri perante o título de hoje do Diário de Coimbra: "Dois caucasianos furtaram 60 toneladas de ferro". Pensei que a iliteracia tinha invadido quem escreveu e aprovou um tal título. "Caucasianos" são normalmente os "brancos". O Dicionário da Língua Portuguesa é claro na definição do conceito: Caucasiano adjectivo 1. do Cáucaso, cordilheira russa entre o mar Negro e o mar Cáspio 2. respeitante ao Cáucaso 3. (divisão étnica) branco nome masculino 1. indivíduo oriundo da região do Cáucaso 2. (divisão étnica) indivíduo branco (De Cáucaso, top. +-iano) Mas, lendo a notícia percebe-se que o Diário de Coimbra queria dizer "do Leste da Europa". Para piorar as coisas, o jornal agora também dita sentenças: os indivíduos foram identificados e são suspeitos, ainda não foram julgados, não são culpados. Contudo, o título do jornal é peremptório, "furtaram", logo são "eles" os criminosos, os "caucasianos". O Di

O Ambiente e o Campo de Golfe de Buarcos

Um leitor desafia-me a que me pronuncie sobre o campo de Golfe de Buarcos. A implementação efetiva da ideia surge com o ex- Presidente Duarte Silva. É mais uma herança pesada que os figueirenses estão a pagar (só à SOMAGUE Duarte Silva encomendou 15 milhões de obras a realizar no Campo Desportivo de Buarcos). Depois de vários anos de conflito e impasse, surge uma solução para o imbróglio. O jornal Figueirense d eu a notícia na sua última edição. Desconheço o projeto em detalhe, sei o que vem escrito nos jornais e pouco mais. Portanto, não sei o suficiente para poder ajuizar da sustentabilidade do dito. Ainda assim, propomho alguns comentários generalistas sobre o assunto. 1. O campo de Golfe a construir em Buarcos poderá ser uma forma de valorizar o território sem desequilibrar o meio. Ou, pelo contrário, poderá ser um fator de pressão elevado sobre o solo e o património natural existente. Dependerá do projeto, da fiscalização à obra, dos promotores e até dos utilizadores. Há muitos de

Galinhas, Perus, Patos e Outros Animais de Aviário

Infelizmente os exemplos de maus tratos aos animais de aviário abundam. Por mim, evito carne cuja proveniência desconheço. Desconfio da saúde dos animais que passam toda a sua vida enclausurados e sujeitos a luz artificial, para além dos medicamentos e outros tratamentos sofridos. As manifestações pelos direitos dos animais (ver ideias defendidas pelo filósofo Peter Singer , ) deveriam centrar-se mais no problema da produção de animais em massa, milhares de milhões sofrem todos os dias em condições deploráveis, e menos no folclore das "touradas" e afins. Pessoalmente custa-me mais assistir ao sofrimento de um cão preso uma vida inteira (10 , 15 anos de lenta agonia a uma corrente de 2 metros (para quê ?) do que ver um touro morrer na arena.

O desleixo nacional e o preço dos combustíveis

Um sujeito numa carrinha de caixa aberta, típica dos transportes de pequenas obras, parou a dita aqui em frente. Saiu com a carrinha ligada. Conversou com um outro sujeito. Carrinha ligada, cheiro a fumo. Conversou. Entrou no edifício. Carrinha sempre ligada. E está numa descida. O barulho do motor contínua. O cheiro pestilento intensifica-se. O gasóleo a ser queimado para nada de útil. Passaram-se cerca de 25 minutos e a carrinha continua ligada. O motorista continua em amena conversa....está-se bem ! O gasóleo está caro ? (não parece...) Haverá quem nos salve de tamanha falta de bom senso ? Será necessário adicionar um corante (preto e mal cheiroso) aos gases de escape para que as pessoas vejam a poluição ? Ou uma proibição (inútil) de parar o carro e deixar o dito ligado por mais de um minuto ? Mais informação sobre parar e desligar aqui. E ainda POUPAR é assim: Sempre desligado. Compensa sempre desligar o carro – enquanto espera por alguém ou vai levantar dinheiro, nas filas de trâ

Contacto com o rio Mondego na zona urbana

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A solução arquitetónica encontrada em Zadar na Croácia poderia ser aplicada na Figueira. Aliás, em Viana do Castelo existe algo de semelhante, uns degraus em cimento que dão acesso à água.

Precisamos de mais cidadania responsável

Notícia retirada de um jornal regional Cidadão critica gastos na iluminação pública Já no período de debate, um cidadão presente na assistência contestou o que considera ser um gasto supérfluo de energia eléctrica com "candeeiros de iluminação pública colocados em vários quilómetros de estrada entre XXX e YYYY, onde só há uma casa e não passa ninguém durante toda a noite". Em sua opinião, as luzes deveriam ser desligadas ou substituídas por censores, para que só acendessem quando surge alguém. "Dispêndios de energia como o que se verifica nessa estrada, descredibilizam qualquer política de redução de consumo", afirmou, concluindo que "é necessário falar menos e poupar mais" .

Futuro Saudável

" Qualquer cidadão que deseje um futuro saudável e seguro para si, e para seus filhos e netos, pressente hoje que é necessária uma revisão e talvez reformulação da maneira como as sociedades humanas produzem os bens de que necessitam e como utilizam os recursos naturais, o que implica abandonar o paradigma do desperdício, da contaminação e da destruição imprevidente dos solos, do território, da água. " in Economia, Ética, Natureza e Sustentabilidade Edições Sempre-em-pé

Cartazes, Lixo e Paisagem

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Subsiste entre nós a ideia absurda que as árvores à beira da estrada servem para pendurar cartazes. Cartazes de plástico, "reciclável" claro. Contudo, os eventos passam, os cartazes ficam à beira da estrada, o plástico degrada-se e "perde-se" na paisagem. O sol, vento e a chuva transformam o dito em pequenos fragmentos, até que "desaparecem" da vista. Tornam-se em partículas microscópicas, impossíveis de limpar e de degradar. As bactérias, fundos e restantes seres vivos não conseguem aproveitar o plástico, mesmo que seja "reciclável". Para além do aspecto ambiental estes cartazes constituem uma concorrência desleal a quem paga um espaço (a visibilidade) num "outdoor" , jornal ou noutro meio de informação. Uns pagam taxas, outros vandalizam a paisagem e pregam cartazes às árvores. Não conheço nenhum outro país da Europa com tantos cartazes pendurados em árvores, e na paisagem em geral. Será falta de sensibilidade ? tradição ? ganância ?

Pesca do Bacalhau do Atlântico NE/ NO - capturas

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Fonte: FAO Mais e detalhada informação a ler aqui

A importância da Aquacultura

Desde 1995 que a produção de peixe por aquacultura multiplicou-se várias vezes. Hoje quase metade do peixe consumido é proveniente da aquacultura. A necessidade de alimentar "artificialmente" os peixes, tratar-lhe a água e proceder à sua higienização (inclusivamente aplicando antibióticos) compensa , do ponto de vista económico. Tal só é lógico se pensarmos que os stocks de peixe selvagem estão em declínio acentuado. Os custos da pesca em mar aberto são elevados, cerca de 50% das despesas das grandes frotas industriais, devem-se ao consumo de gasóleo. Se não existissem subsídios estatais o peixe seria mais caro, mas poder-se-à também especular que a eficiência aumentaria. As estimativas mais conservadores afirmam que 1/3 de tudo o que sai do mar, estraga-se ou não cumpre com os critérios mínimos exigíveis para comercialização. No limite Muitos cientistas afirmam que a solução passa mesmo pela aquacultura. Os Oceanos não conseguem aguentar a pressão da indústria pesqueira. Com