tag:blogger.com,1999:blog-7702731032860446707.post1006477961689895513..comments2024-01-15T12:57:17.959+00:00Comments on O Ambiente na Figueira da Foz: Barragem do Sabor - menos de 0,6% da produção de electricidadeUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7702731032860446707.post-81327419093582142422008-07-02T01:31:00.000+01:002008-07-02T01:31:00.000+01:00O grande desiderato em termos energéticos deveria ...O grande desiderato em termos energéticos deveria consistir em fazer de todos nós micro-produtores. Democratizar, descentralizar, rentabilizar a produção de energia. Dadas as excelentes condições de radiação (luminosidade) do nosso país, eu, o Rui, o José , o Manuel, já deveríamos ter painéis fotovoltacicos nos telhados das nossas casas. Na Alemanha, país com pouco sol, desde 1998 já foram instalados quase um milhão de telhados solares...<BR/>O que nos distingue, a nós ambientalistas convictos e racionais, é a vontade de mudar, progredir, sair das zonas de conforto em que vivemos até agora e racionalizar comportamentos , combater desperdícios de sempre. A iluminação da minha rua é ineficiente, desnecessária a determinadas horas...mas como a energia é muito barata, ninguém se importa. Poluir é baratíssimo...compensa. <BR/>Eu estou disposto a abdicar de certos luxos (carro novo, TV de alta definição, férias no Brasil, refeições extravagantes...) para que a beleza no Sabor permaneça. mesmo que não vá lá, aquela beleza existe mesmo sem nós. E já chega de vermos tudo sob um prisma de fundamentalismo antropocêntrico (a leitura de Peter Singer é refrescante neste âmbito) , em que as coisas (a Natureza= só tem valor na medida em que nos são úteis.João Vazhttps://www.blogger.com/profile/16983652216322808019noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7702731032860446707.post-89085705350339882762008-07-01T22:00:00.000+01:002008-07-01T22:00:00.000+01:00Caro João,Recebi o teu e-mail e escrevi acerca do ...Caro João,<BR/><BR/>Recebi o teu e-mail e escrevi acerca do assunto as reflexões que ele me sugeriu.<BR/><BR/>Se permites, transcrevo o que coloquei nas minhas palavras cruzadas.<BR/><BR/>O SABOR DO RIO <BR/><BR/><BR/>Sócrates considera "ultrapassada" discussão sobre barragem do Baixo Sabor<BR/>Para o primeiro-ministro, José Sócrates, a discussão em torno dos problemas ambientais da Barragem do Baixo Sabor está "ultrapassada", apesar das novas acções de protesto dos ambientalistas, levadas a cabo no dia da formalização da adjudicação da construção do empreendimento. "Todas as palavras estão ditas, resta construir" esta e outras barragens constantes do Plano Nacional, referiu José Sócrates em Picote, no concelho transmontano de Miranda do Douro.<BR/>.<BR/>Caro Joao V.,<BR/>.<BR/>Recebi a tua convocatória e reflecti sobre o assunto. Que, aliás, nada tem de novo: o confronto entre as necessidades, reais ou induzidas, crescentes de energia e as consequências que esse aumento até agora imparável provoca no ambiente.<BR/>.<BR/>A convocatória teve os seus méritos ainda que o governo tenha decidido, e bem, do meu ponto de vista, avançar com a construçãao da barragem.<BR/>.<BR/>Quanto ao mérito da convocatória: Todas as iniciativas que levem ao cidadão comum informação acerca do custo das diversas opções têm o mérito de, a pouco e pouco, o iniciarem na observação das conflitualidades dos interesses em jogo. As pessoas, todas as pessoas, reagem a incentivos e estes são-lhes disponibilizados pelas perspectivas em que elas se situam ou são levadas a situarem-se. A racionalidade das suas decisões ou opções decorre da perspectiva e dos incentivos. Só mudando a perspectiva se mudam os incentivos. Um dia, as pessoas estarão mais alertadas que hoje para os custos do consumismo desenfreado, que denuncias, e para a delapidação do património histórico e natural que aqueles excessos frequentemente determinam.<BR/>.<BR/>Mas o governo fez bem em decidir-se pela autorização de construção da barragem porque é impensavel alterar hábitos e processos de modo suficiente para dispensar a continuação dos investimentos na produção de energias renováveis. Portugal é tão dependente e a ameaça da escassez de combustíveis fósseis tão flagrante que seria pouco razoável dispensar a construção desta e de outras barragens. Ainda que sejam significativos os custos ambientais e naturo-patrimoniais da decisão.<BR/>.<BR/>Vale a pena ainda perguntar, a propósito desta barragem no Sabor: Que ganhámos nós com o embargo à continuação da construção da barragem no Coa, onde (números à data do impedimento) já tinham sido investidos 250 milhões de euros? Há dias, Eduardo Lourenço, de visita à sua aldeia natal, passou pelo Coa e quis ver as gravuras. Não pôde. Tinha de ter pedido antecipadamente uma visita guiada. É crivel que, se as gravuras têm o interesse cultural que foi, na altura, reclamado, estejam praticamente ignoradas desde então ? <BR/><BR/>AbraçoRui Fonsecahttps://www.blogger.com/profile/08397131915380792421noreply@blogger.com