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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

Derrube de árvores na antiga Mata/Pinhal do Sotto Mayor

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As poucas árvores que ainda existiam na outrora magnífica mata do Sotto Mayor estão a ser derrubadas. Para quê ? Mais construção ? Mais apartamentos vazios ?

Grupo de Amigos faz a limpeza da Praia

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Parabéns ao Grupo de Amigos limpa praia da Figueira (Cabedelinho)! “Estando ligados aos desportos do mar e como frequentadores assíduos da praia, verificámos que a situação da praia em termos de limpeza está crítica. Habitualmente já fazíamos mini limpezas, mas desta vez juntámos o grupo quase todo e o impacto foi maior”, explicou Ricardo Camarneiro adiantando que “para já não passamos de um grupo de amigos que partilha as mesmas preocupações, mas o nosso objectivo será associar-nos a um movimento para que consigamos desenvolver iniciativas com maior dimensão”. Via Figueira na Hora mais informação em https://www.facebook.com/FigueiraNaHora/photos/a.239859066158490.1073741828.239817292829334/402548879889507/?type=1&theater

Um Ministro do Ambiente com frontalidade: Jorge Moreira da Silva

Jorge Moreira da Silva diz que todas as semanas recebe promotores imobiliários, autarcas e bancos a pedirem excepções para construção junto à costa. "..." Não será um problema de ordenamento do território? Raras são as semanas em que não aparecem aqui promotores imobiliários, autarcas, bancos, sugerindo se não encontro, em relação ao plano de ordenamento da orla costeira A ou B, um mecanismo mais flexível, menos exigente, se em vez de termos uma interdição de construção a 500 metros que essa interdição seja menor, atendendo à oportunidade de desenvolvimento turístico, à criação de emprego, a um determinado projecto. Se olharmos para o nosso litoral, onde vivem 80% dos portugueses, onde 67% da nossa costa está sob risco de perda de território, percebe-se por que razão temos de ter uma política de ordenamento do território absolutamente rigorosa, sob pena de estarmos todos os anos a convocar novas fontes de financiamento para proteger pessoas e bens muitas veze

A costa holandesa e as estradas na Praia de Buarcos

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A estrada na praia Há 20 anos atrás visitei um troço da costa holandesa, levaram-me“à praia”. O choque foi tremendo, a “praia” era uma sucessão de enrocamentos, muralhas e defesas contra o avanço do mar e na defesa da terra conquistada. Impressionou-me a fealdade do conjunto, parecia que estava num outro planeta, dominado pelo cinzento estéril do betão. Em Portugal cerca de 15% da costa já está assim, artificializada. Na Figueira, até meados dos anos 80, a costa ainda era natural, excluindo a zona imediatamente a norte e a sul dos molhes. A praia do Cabedelo tinha areia e o mesmo se passava de Buarcos ao Cabo Mondego e não existiam “paredes de pedra e betão” entre o mar e a terra. Nos anos 90 surgiram as “vias estruturantes” aterrando-se a praia e transformando zonas mareais (e.g em frente às Muralhas de Buarcos - ver foto acima) em rodovias e parques de estacionamento, um absurdo completo. Reafirmando o que escreveu Rui Silva neste espaço, sabemos que o mar vai “crescer” mu

Prometer o impossível emprego para todos

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Os candidatos têm que prometer o impossível: criar muito emprego. Um mundo dominado pelos robots, eficiência, tempo lazer=tempo trabalho; custo de trabalho elevado quando comparado com os recursos (há muitas atividades na área dos resíduos que são impossíveis porque é mais barato comprar novo do que pagar o trabalho da reparação)...etc. Seria melhor pensarmos todos em trabalhar menos e dividir melhor os empregos e rendimentos que existem. Atravessamos uma mudança de paradigma, que a sociedade teima em negar, "less is more", hoje, aqui e agora. Os 3% que trabalham na agricultura produzem 70-80% das nossas necessidades racionais de calorias... Ou visto de outra forma, se convertêssemos o modo de produção agrícola do industrial para biológico estaríamos a triplicar o emprego na agricultura, e os preços também. Queremos pagar mais ? (eu quero...)

Custo da Iluminação Pública em Portugal - desperdícios

Em Portugal gastamos muito dinheiro com a iluminação pública (IP). Na Figueira da Foz são cerca de 1,2 milhões de euros por ano, 19 euros por habitante. Nos restantes países da União Europeia, em média, gasta-se muito menos. Por exemplo, na Alemanha, altamente industrializada e urbanizada, gasta-se 4 euros por habitante por ano (ainda sem terem LEDs, em escala). Qual a justificação para esta disparidade ? Nos anos 90 o novo riquismo invadiu o país, a febre da construção dispersa obrigou à extensão da rede de IP. Os presidentes de Câmara viam na IP muitos votos: um poste, um voto. A EDP também não se fez rogada: um poste, uma luz, um ponto de venda. Os horários estão desajustados, as luzes acendem ainda é de dia ? Não faz mal, o contribuinte paga. Santana Lopes e Duarte Silva não se pouparam: mesmo em zonas desertas de gente e sem razão aparente, colocaram milhares de postos de IP, luzes por todo o lado. Em Lavos até há uma placa, com letras douradas, em que Duarte Silva inaugura m

Ruído - à atenção da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Publico um comentário de um leitor deste Blog: Vários anos decorridos e o problema do ruído dos bares no bairro novo continua a agravar-se. Tornou-se moda os bares que se transformam em discotecas a partida da meia-noite (e até às 4 e 5 da manha), espaços sem quaisquer condições para funcionarem desta forma e que infernizam a vida dos que querem descansar com um ruído escandaloso. Nem casas com vidros triplos e isolamentos de ruído conseguem parar barulho que faz estremecer pareces. É muito difícil perceber como é possível estes estabelecimentos poderem operar desta forma sem que ninguém tome medidas. Durante o inverso acontece todas as sextas e sábados e no período e verão é todos os dias. A camara municipal anda verdadeiramente a dormir, talvez seja porque junto à camara não existem destes bares. Este comportamento, da camara e dos proprietários dos bares, é intolerável porque existem formas de poder-se ter uma discoteca sem incomodar os vizinhos. Olhem para o NB que n

Erosão na costa urbanizada do concelho da Figueira da Foz

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A compreensão pelo que se passa na costa a sul do rio Mondego passa por perceber, de forma global e história, quais as causas do fenómeno da erosão costeira e alterações da geomorfologia. O trabalho científico  de Dias, Ferreira e Pereira, de 1994, ajuda a compreender o que se passa. Transcrevo a introdução. Estudo Sintético de Diagnóstico da Geomorfologia e da Dinâmica Sedimentar dos Troços Costeiros entre Espinho e Nazaré O CASO DA FIGUEIRA DA FOZ 10.1. INTRODUÇÃO O caso da Figueira da Foz é muito semelhante ao de Aveiro, apresentado no capítulo anterior. Com efeito, em ambos os casos existe uma barra estabilizada com molhes longos, protuberantes para o mar, os quais interrompem a deriva litoral. Em ambos os casos verificou-se grande acumulação de areias a barlamar do molhe norte, e intensa erosão costeira na zona a sotamar, que colocou edificações em perigo (tendo, mesmo, destruído algumas) o que levou à implantação de obras pesadas de protecção costeira.

Caulinos no concelho da Figueira da Foz - a posição da Câmara Municipal

Autarquia reage à exploração de caulino “Esta concessão não é de interesse público” Em ofício enviado à Direcção de Serviços de Minas e Pedreiras da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DSMP/DGEG), o executivo da Câmara Municipal da Figue ira da Foz manifesta, “de forma veemente”, a sua oposição à concessão de exploração de caulinos no Pocinho por parte da Direcção Geral de Energia e Geologia. “A Câmara reforça a sua posição com a das populações das freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova, expressa em centenas de reclamações e manifestos apresentados quer verbalmente, aquando das sessões de esclarecimento que a edilidade levou a cabo, quer por escrito, sob a forma de um abaixo-assinado, que dá voz, também deste modo, à sua determinada oposição”, pode ler-se num comunicado do gabinete da presidência. A autarquia, reiterando as fundamentações e reclamações já referidas no seu parecer de 16 de Janeiro, aduz três outras razões: - o projecto agrícola integrado e a

Os plásticos "voam" para o Mar

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Praia da Cova  - os plásticos "voam" de terra para o mar

Microplásticos nos Oceanos: o caso das cotonetes

Segundo Paula Sobral, há pequenos hábitos que podem mudar esta situação. Um exemplo: os cotonetes são dos resíduos mais encontrados nos oceanos e praias, uma situação que ocorre devido à sua deposição nas sanitas. “As estações de tratamento não têm capacidade para reter esses cotonetes, que são demasiado finos e acabam no meio aquático”, frisa Paula Sobral. Também os produtos esfoliantes, sobretudo os que se podem encontrar nas prateleiras dos supermercados, contêm partícul as de plástico microscópicas e que são introduzidas, assim, no ambiente. “[Estas partículas], juntamente com as pastilhas de resina virgem resultantes das fugas das indústrias e das fragmentação dos objectos maiores de plástico… todos estes conjuntos de pequenas partículas, os chamados microplásticos, acabam por ser confundidos por alimento pelos animais marinhos”, argumenta a responsável. http://greensavers.sapo.pt/2014/02/14/cotonetes-sao-os-residuos-mais-encontrados-no-mar-e-praias-saiba-porque-

Texto "As Beiras" - os Caulinos no Bom Sucesso

Exploração de Caulinos Assembleia cheia na freguesia do Bom Sucesso para discutir a eventual exploração de caulinos numa área de 500 hectares. A empresa interessada na extração, uma PME de Pombal, enviou um engenheiro que respondeu geralmente de forma vaga, não comprometida, às questões colocadas por vários cidadãos, nem sequer precisou quantos postos de trabalho podem ser criados. Durante a sessão cristalizou-se a ideia de que a exploração dos caulinos causará prejuízos ambientais: alteração de aquíferos e veios de água, “buraco na paisagem”, ruído, danos nas estradas e acessos, poeiras…etc. A falta de assertividade por parte da empresa suscitou mal-estar na população presente: “com os caulinos vamos ficar sem animais nem sustento”. A certa altura a PME enfrentava a ira de uma “assembleia de ecologistas”, ofendidos por anos de destruição da paisagem e poluição das Lagoas. O desenvolvimento prometido continua adiado: uma autoestrada que não lhes retirou o trânsito da estrada n

Caulinos no concelho da Figueira da Foz

A exploração de caulinos numa área  concessionada de 500 hectares nas freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova a uma empresa PME de Pombal. A apresentação pública da eventual exploração dos caulinos nas Juntas de Freguesia foi muito participada, mostrando os habitantes da região presentes cepticismo e alguma incomodidade perante o cenário. Algumas notas soltas: O subsolo pertence ao Estado e não ao proprietário do terreno A exploração pode avançar mesmo com a classificação de RAN, REN,...porque é declarado interesse nacional do minério. Mas, há explorações que foram inviabilizadas, mesmo de ouro, em Portugal  A empresa promotora assumiu que não fará a exploração contra a vontade dos proprietários dos terrenos Reclamações: a Câmara Municipal apresentou uma Reclamação fundamental. O período para as pessoas reclamarem começou a 13 de janeiro e extende-se por 30 dias. A exploração dos caulinos tem impactos ambientais significativos que devem ser estudados através de uma Avaliaçã

Cultura de desperdício

Todos os dias sou confrontado com desperdícios na gestão da coisa pública, seja excesso de iluminação pública ou autoestradas vazias. Os portugueses não aceitam bem que nos últimos 20 anos gastaram mal uma parte do dinheiro que lhes chegou de Bruxelas: decorações feéricas de estações de metro, aeroportos, piscinas disfuncionais,..etc. Portugal tem uma impressionante cultura de desperdício comparada com outros países europeus. Basta pensar em Coimbra, e comparar com qualquer cidade universitária alemã, inglesa ou mesmo italiana...Em termos de desempenho ambiental, Coimbra é um desastre: a Universidade e os HUC afogados em carros, a recolha do lixo é como era há 20 anos atrás, a margem oeste do Mondego continua desaproveitada, o Metro não avançou, os edifícios do Pólo II estão degradados,...etc. Neste âmbito pouco mudou desde que fui para a Faculdade em 1990 !

Abate preventivo de árvores

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 Caiu uma árvore de grande porte em Coimbra. Destruiu alguns carros, mas felizmente não morreu ninguém. A notícia que abre telejornais, naquele jeito espalhafatoso que as nossas televisões teimam em consolidar. Um perigo, as árvores, logo devem ser abatidas. A empresa Estradas de Portugal decide abater centenas de exemplares ao longo de várias estradas - ver notícia abaixo. Perdemos todos com esta paranóia injustificada ! Visito a feira de Miranda do Corvo. As árvores do centro da vila foram podadas sem rei nem roque, as moto-serras alinharam (rolamento) as árvores, abrindo feridas enormes e pontos de vulnerabilidade. Felizmente, em Lisboa e no Porto, os espaços públicos já são cuidados de forma mais profissional e é raro ver podas radicais, como as realizadas também na Figueira, na Praça Nova e noutras artérias, onde alguns "amadores"  transformaram árvores em conjuntos áridos de palitos e ramos. Estradas de Portugal abatem árvores no litoral alentejano A empres

Re-IniCio_2014

Reinicio hoje, dia 06.02, a publicação de comentários e artigos neste meu blog dedicado ao "Ambiente na Figueira da Foz". Estou convencido que há muitos temas insuficientemente debatidos na comunicação tradicional, e na blogosfera, e que merecem a nossa atenção. Na eventualidade de algum dos leitores ("um figueirense") deste blog estar interessado em contribuir com textos e fotografias, agradeço um contacto via comentários. Obrigado àqueles que me tem incentivado a escrever neste espaço.

Construir nas Dunas - o retorno da areia

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A areia ocupou várias vias rodoviárias no concelho. Na margem sul do estuário do Mondego, por exemplo em frente ao Hospital, construíram-se passeios, ruas e rotundas em cima da duna. O vento sopra, o mar bate e a areia invade o que é "seu". A defesa da costa não passa por mais muros, pedras e betão, mas sim por retirar o que está a mais, ruas, ruelas, restaurantes,..etc, tem que ser abandonados ou recolocados.