O Ambiente na Figueira da Foz

"Se deixar ficar a relva cortada no solo até secar, esta reterá a humidade e impedirá o rápido crescimento do relvado."

Não existem ervas más e boas, e muito menos ervas daninhas. Este é um conceito antiquado, feito à medida da produtividade agrícola. As ervas daninhas "atrapalham" mais a estética citadina, vistas que são como um sinal de desleixo camarário. Existem ervas que crescem entre os interstícios dos passeios, naqueles milímetros de terra ainda disponíveis. A força da Natureza é espantosa, um bocadinho de poeira, vento e sol fazem estes milagres. Admiro pessoalmente estes sinais de vitalidade. Desprezo o conceito estéril de limpeza urbana, a sujidade é poluição, são maços de cigarros, embalagens de gelado, pontas de cigarro...e todo o lixo não biodegradável que acaba por lentamente envenenar o meio ambiente. Não menos mal é o uso inconsciente de produtos de limpeza e ou de lavagem. Tal como a Câmara Municipal de Abrantes nos informa: "Não utilize quantidades de detergentes superiores ao necessário. Não lave o chão ou passeios com grandes quantidades de lixívia pois formar-se-

Num anterior post mostram-se imagens de um objecto que vem de longe (a bóia da US Coastwatch Guard) e que nos polui a costa. Todos os dias, e bem perto do alcance da nossa acção, acumulam-se sinais evidentes de poluição marítima. Os objectos que não queremos, os bens não económico. Quanto vale no mercado uma embalagem - garrafa feita de PET (plástico) ? E um saco de plástico ? Valem nada, ou tão pouco que a sua transacção não é economicamente viável. No entanto, causam um prejuízo directo e mensurável em perda de produtividade marítima. Matam o alimento do peixe, matam corais, matam o fundo do mar, matam tartarugas....e matam a paisagem para quem ainda tem a sensibilidade suficiente para sentir este insulto ao mar. O que fazem as autoridades ? Sensibilização ? Zero ! Recolha e limpeza deste lixo ? Zero, não se faz.

O programa "Coastwatch" - vigilância da costa: Este programa é organizado em Portugal pelo GEOTA, com a colaboração de inúmeras organizações , desde os escuteiros até às Câmaras Municipais. Na Câmara Municipal da Figueira é a Eng.ª Paula Cristina Pereira que organize a parte logística e depois recolhe a informação. O trabalho voluntário consiste em percorrer a costa (praias e uma parte da beira-rio) a pé de forma a inventariar todo o tipo de poluição com que nos deparamos. Por cada 100 metros, em Dezembro, encontram-se dezenas de garrafas de plástico, latas, artes de pesca (redes), bóias, garrafas de vidro, luvas de látex, preservativos...e em 2006 até uma enorme bóia de sinalização da US Coast Guard veio parar a Quiaios. (ver fotografia) Infelizmente as notícias não são boas. De ano para ano, as coisas não melhoram, pelo contrário, há mais lixo. As investigações feitas neste âmbito revelam que os milhões de plásticos que acabam no Mar matam . Matam tartarugas (morrem asfix

Já há muito tempo que a memória não registava tanta chuva, e tão forte, no mês de Junho. Para os cépticos do Aquecimento Global, este é um sinal de normalidade. Ou, excepção confirma regra. Certo é que chove em Junho. Bátegas de água. (foto tirada a 22 de Maio)

Apesar dos meses de Abril, Maio e Junho terem sido generosos no que respeita à chuva, a Câmara Municipal da Figueira da Foz continua a regar diariamente os relvados da cidade. Isto desde o início de Abril. Não é directamente a Câmara que o faz, mas manda fazer através da empresa privada contratada para o efeito. A empresa não paga a água, desperdiçando imenso. Exemplo isso são as regas durante o pico do calor, entre as 11h e as 16h, um erro e uma mostra de incompetência. Aqui podem ler-se alguns conselhos sobre as boas práticas da rega de relvados (infelizmente só em inglês). Refira-se ainda que os problemas associados à sua manutenção são vários: o elevado consumo de água - na Figueira a água é potável, captada, bombeada, filtrada, tratada, controlada e que assim custa 200 vezes mais que a água usada na agricultura ; a mão-de-obra intensiva; os ruidosos e poluentes cortes de relva, a biometanização dos resíduos da relva (efeito estufa)....etc. Os relvados são caros. São gastos recur

A zona do Cabo Mondego foi classificada como Monumento Natural. Finalmente. O Cabo Mondego é neste momento uma demonstração inequívoca da força da nossa espécie. Movemos montanhas, esburacamos a face da terra à procura de riqueza. Explorámos durante décadas o filão do carvão existente na Serra da Boa Viagem, continuamos a extrair calcário para a construção civil, e para espanto das gerações futuras muitos milhares de toneladas de lixo urbano foram ali enterradas ! O que se seguirá ? Mais tarde ou mais cedo a empresa Cimpor irá abandonar a Fábrica. Menos certezas existem quanto à possibilidade de urbanização deste local.