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A mostrar mensagens de março, 2014

Crítica aos partidos de Esquerda ou o fundamentalismo do "crescimento perpétuo"

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Quando ouço os partidos de esquerda (PS; BE; PCP...e até o MRPP) falarem da necessidade do crescimento económico para sairmos da crise, fico frustrado. E facilmente chego a conclusões pouco animadoras: a Esquerda, tal como a direita, quer mais capitalismo, mais produção material, mais consumo, mais individualismo, mais emprego, a mesma destruição do capital natural,...etc. Ou seja, querem mais exploração do homem pelo homem, como se dizia nos 80. Os ideias da sustentabilidade ecológica não são compatíveis com uma economia que pretende resolver os problemas com o aumento do consumo e um crescimento perpétuo. Ver Steady State Economy

A sala dos mais pequenos na Biblioteca Municipal

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Sala dos mais pequenos na Biblioteca Municipal Figueira da Foz . Aqui há livros, DVDs, jogos e CDs gratuitos. Poucos são os pais e filhos que a frequentam ? Será porque é gratuito ? Ninguém lê ?  Fica  socialmente mal ir à Biblioteca Municipal (é coisa de pobres porventura ...)

Pesca de arrasto

Fui comprar peixe ao Mercado de Buarcos. Notei numa placa informativa: "tipo de captura: pesca por arrasto". Perguntei à peixeira se sabia que a pesca por arrasto é destrutiva. Respondeu-me logo que não, a pesca por arrasto, segundo ela, era a mais moderna com "barcos grandes" ! Não discuti. Talvez fosse eu que estivesse desatualizado e a pesca por arrasto se tivesse convertido a um modus operandi sustentável. Mas, segundo fontes credíveis a "pesca por arrasto continua a ser aquilo que sempre foi, um método agressivo de captura de peixe". Arca de Noé - fotografias interessantes Madeira e Açores proibem pesca por arrasto Ver aqui filme da organização Greenpeace sobre as consequências da pesca de arrasto  Pesca de arrasto, o que significa ?

Crescimemto populacional perpétuo para alimentar o aumento do consumo ....

...que alimentará a concentração da riqueza...e assim até esgotarmos o planeta e perante a "ditadura da escassez de recursos". .... "The old economic paradigm relied on unsustainable growth, so we must change the paradigm. For decades, our rising standard of living came at a deep cost to our environment and our children's future. There is simply not enough planetary bio-capacity to grow our way out of the messy moral discussions of distribution. The idea that inequality is merely an inefficiency to be corrected with a technocratic fix or perpetual growth is no longer tenable." - Population Matters

O Ministro do Ambiente e os "Audis"

Alguém poderá perguntar ao Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, o que pensa ele sobre a distribuição de Audis pelas Finanças ? Um carro elétrico ? Eficiente ? "Amigo do ambiente" ? "made in Portugal" ? Nada disso, os carros a distribuir são tudo menos modernos . Representam o neo-novo-riquismo, o pior que Portugal tem para oferecer, vícios antigos por reformar.

A sociedade, o crescimento e as alterações climáticas

A comunidade científica está alarmada . Apesar de todos os estudos, avisos e provas irrefutáveis que o clima está a mudar bruscamente a sociedade civil não reage. Escreve-se muito em Portugal sobre o "empobrecimento, a troika, as exportações,..." e  pouco sobre desígnios ambientais. A sustentabilidade consiste em harmonizar as expetativas da sociedade com a necessidade de  importar menos energia, menos recursos e "viver mais com menos". Abandonar a ideia do crescimento económico, criando uma " steady state economy ", é outra ideia pouco debatida entre nós. Todos os partidos, desde o BE ao CDS_PP insistem na ideia que precisamos é de mais "crescimento", ou seja, na prática, mais capital, mais produção que assim gerariam mais emprego. Esta noção do "crescimento" enquanto motor da "felicidade" está errada. Os problemas das sociedades modernas ocidentais não se resolvem com o aumento da produção de mais bens materiais. Tornar

Árvores

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o dia da Hipocrisia ( ou segundo alguns o dia da Árvore )

Há dias em que sinto que a comunidade e instituições são hipócritas. O dia da Árvore é um deles. Repentinamente as Câmaras, Empresas e Associações descobrem que "as crianças e as árvores são importantes". Mas, olhando à minha volta vejo exatamente o oposto. As árvores são desprezadas e as crianças (o seu bem estar e saúde) ignorados. Bastará olhar para a forma como particulares, Freguesias e Câmaras "podam" as árvores: simplesmente cortam à força de motoserras troncos e ramos, sem consideração nenhuma pela árvore nem pela estética. Muitas vezes seria bem melhor abater as árvores do que deixar "postes eléctricos" que libertam uns "pom-pons" verdes adiante na Primavera. Nesta cidade, como em muitas outras do país (exceto Porto, Lisboa,. onde existem profissionais qualificados nas Câmaras), o património arbóreo é deixado às mãos de pessoas absolutamente inqualificadas para o efeito. Enquanto for assim, nada mudará. Quantas árvores foram plantas n

Estação de Pombal - exemplo do país acima das suas possibilidades

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O país sobredimensionado - 1 Estação de Comboios de Pombal: estrutura sobredimensionada, uns túneis largos e enormes, uma plataforma que dá para 2x os atuais comboios,....com um movimento que não ultrapassa a dúzia de passageiros. Foi assim, que projetistas, engenheiros e decisores criaram um monte de dívidas.

Árvores da nossa cidade

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Há árvores bem tratadas, com uma copa natural e equilibrada, e há árvores mal tratadas: a copa completamente destruída por podas camarárias mal dirigidas e executadas. Os "biscateiros" pegam na moto-serra, sobem ao escadote e destroem a copa (rolamento). Para quê ? É tradição, sempre assim se fez e continuará a fazer. Quem perde ? Todos nós. As árvores ficam fragilizadas, aumenta o risco de caírem, envelhecem precocemente sujeitas a feridas que demoram anos a sarar. Quando a ferida sarar, lá vem outro corte (poda) ! Mas, no dia da árvore lá estaremos a comemorar !

Ainda as Abadias

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Os mesmos erros, pessoas diferentes. Ainda o solo estava empapado em água e já as máquinas, da empresa privada que faz a manutenção dos espaços verdes, cortavam a erva, relva e plantas que crescem nas Abadias velhas (sul). No lado nascente da vala retalharam tudo, por motivos estéticos. A poente, onde as máquinas ainda não entraram, temos uma paisagem típica de Primavera: prado florido, muito verde e pleno de vida. Os conceitos de biodiversidade, convívio saudável com a Natureza e as Estações estão ainda longe de terem sido interiorizados, tanto os "agentes técnicos" como um certo "povo" pensa que os "espaços verdes urbanos" devem ser uma cópia do relvado do estádio da Naval. Tudo isto custa-nos centenas de milhares de euros, em água, combustível, mão-de-obra, ...etc.  As empresas privadas de jardinagem agradecem e podem assim justificar elevados custos por metro quadrado. Portugal vive um momento de esquizofrenia, por um lado, todos se queixam de fal

2 milhões de euros para "reforçar" a erosão

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O Ministério do Ambiente decretou um apoio à manutenção e reforço das estruturas (esporões) existentes nas praias a sul do Mondego. São cerca de 2,6 milhões de euros para manter o status quo : ou seja vai ficar tudo na mesma, as empresas de construção civil agradecem e os contribuintes pagam a fatura do mau planeamento e de decisões erradas. Os manuais técnicos afirmam, e reafirmam, que as "CAUSAS DA EROSÃO COSTEIRA" são  múltiplas. Embora alguns desses factores sejam (ou possam ser considerados) naturais, a maior parte é consequência directa ou indirecta de actividades antrópicas. Os principais factores responsáveis pela erosão costeira e consequente recuo da linha de costa são: - elevação do nível do mar; - diminuição da quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral; - degradação antropogénica das estruturas naturais; - obras pesadas de engenharia costeira, nomeadamente as que são implantadas para defender o litoral. IV.4.a) - Molhes e Quebra-Mares. Há que reconhece

Fonte de São João - Alhadas de Baixo

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Poluição dos Mares - os invisíveis plásticos

 A meaça real e catastrófica a médio-prazo: aumento das partículas de plástico a flutuar nos Oceanos de todo o mundo. O Mediterrâneo, como mar quase fechado, sofre mais com o fenómeno: em 171 aves marítimas estudadas, 66% apresentam pedaços de plástico no estômago.  A maior parte destes fragmentos de plástico são provenientes de "plásticos pós-consumo", desde sacos de plásticos até caixas de esferovite. Plastic pollution measured in Mediterranean seabirds Endangered Mediterranean seabirds are suffering from ingestion of plastic litter, a recent study has shown. Overall, 66% of 171 seabirds studied were found to have plastic fragments in their stomachs and the critically endangered Balearic shearwater was among the worst affected.

Mobilidade - Alhadas e outras vilas

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Os passeios terminam em lado nenhum. O centro da vila de Alhadas tem uma infra-estrutura fraca do ponto de vista das acessibilidades e mobilidade. Apesar das condicionantes, vias estreitas, casas desalinhadas, seria possível fazer muito melhor. Bastaria "ir lá fora" e ver como os outros fazem. Contudo, os engenheiros e doutores deste país, falham sistematicamente na abordagem à mobilidade pedonal no espaço público. O peão é o último da fila, o residente também. Há anos que a situação ilustrada pela fotografia se perpetua: um estrangulamento, casas sem passeios, peões sem corredores nem proteção, vias sem marcação horizontal,...