de Rerum Natura - Ambientalistas
Blog de Rerum Natura
http://dererummundi.blogspot.com/
A Palmira da Silva está mal informada sobre aquilo que os ambientalistas pensam do binómio agricultura- biocombustíveis, e levanta uma série de preconceitos, já habituais naqueles que se demarcam dos movimentos ambientalistas por os considerarem "atrasados" e um travão ao "progresso".
Ao contrário do diz Palmira da Silva os movimentos ambientalistas têm lutado contra a devastação de áreas enormes de floresta (Indonésia, Malásia) em nome dos biocombustíveis. Não somos cegos nem surdos. Não acreditamos que a egoísta e obesa mobilidade individual ocidental valha a destruição da biodiversidade do planeta. Também não são os bois que irão resolver o problema, nem sequer a agricultura biológica pode viver sem tractores. Ninguém propõem o regresso à Idade da Pedra. Nem o Greenpeace. O que se quer é menos desperdício e mais racionalidade. Menos carne, mais leguminosas, mais moderação alimentar. Mais ciência menos preconceitos e muito menos obscurantismo.
A agricultura biológica pode alimentar a actual população. Vários estudos o demonstram vide
http://www.ns.umich.edu/htdocs/releases/story.php?id=5936
A propósito, gostaríamos de saber onde é que o Greenpeace erra ? Quais são os pecados originais de uma organização que há-de ter (e tem) algumas ovelhas negras entre milhares de funcionários. Em que medida faz o Greenpeace um mau trabalho em prol da defesa do ambiente ?
Pela minha parte, só me posso sentir inspirado por milhares de voluntários anónimos (diga-me o nome, assim de repente, de um conhecido activista do Greenpeace?) que dão diariamente o corpo ao manifesto.
A Química, a Religião, a Política, a Ciência em geral não são o Mal, nem nunca o poderiam ser. São apenas instrumentos. Mas, em nome da Ciência cometem-se muitos crimes contra a Humanidade, contra o Planeta, e o problema é que muitos cientistas não são capazes de um auto-crítica e de colocar um travão seja à experimentação (seja a bomba atómica ou a armas biológicas)ou um modelo voraz (mais consumo = mais oportunidades de progresso científico) que nos está a deixar depauperados. Para muitos cientistas, a ciência tornou-se a religião que tudo pode resolver. Mesmo as depressões mais profundas se resolvem com químicos...será isso que queremos ? Somos mais felizes hoje do que éramos há 25 anos ? Porquê ? Porque passamos férias em Punta Cana e temos um plasma de 70 por 80 em casa ? Ou porque nos podemos empanturrar de comida com uma facilidade inimaginável há alguns anos ?
Vamos muito depressa, é certo, mas para onde ?
Apregoar a austeridade é extremamente ingrato e não granjeia popularidade nenhuma, nem dá votos. Mais vale vender ilusões como fazem alguns políticos.
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A Palmira da Silva está mal informada sobre aquilo que os ambientalistas pensam do binómio agricultura- biocombustíveis, e levanta uma série de preconceitos, já habituais naqueles que se demarcam dos movimentos ambientalistas por os considerarem "atrasados" e um travão ao "progresso".
Ao contrário do diz Palmira da Silva os movimentos ambientalistas têm lutado contra a devastação de áreas enormes de floresta (Indonésia, Malásia) em nome dos biocombustíveis. Não somos cegos nem surdos. Não acreditamos que a egoísta e obesa mobilidade individual ocidental valha a destruição da biodiversidade do planeta. Também não são os bois que irão resolver o problema, nem sequer a agricultura biológica pode viver sem tractores. Ninguém propõem o regresso à Idade da Pedra. Nem o Greenpeace. O que se quer é menos desperdício e mais racionalidade. Menos carne, mais leguminosas, mais moderação alimentar. Mais ciência menos preconceitos e muito menos obscurantismo.
A agricultura biológica pode alimentar a actual população. Vários estudos o demonstram vide
http://www.ns.umich.edu/htdocs/releases/story.php?id=5936
A propósito, gostaríamos de saber onde é que o Greenpeace erra ? Quais são os pecados originais de uma organização que há-de ter (e tem) algumas ovelhas negras entre milhares de funcionários. Em que medida faz o Greenpeace um mau trabalho em prol da defesa do ambiente ?
Pela minha parte, só me posso sentir inspirado por milhares de voluntários anónimos (diga-me o nome, assim de repente, de um conhecido activista do Greenpeace?) que dão diariamente o corpo ao manifesto.
A Química, a Religião, a Política, a Ciência em geral não são o Mal, nem nunca o poderiam ser. São apenas instrumentos. Mas, em nome da Ciência cometem-se muitos crimes contra a Humanidade, contra o Planeta, e o problema é que muitos cientistas não são capazes de um auto-crítica e de colocar um travão seja à experimentação (seja a bomba atómica ou a armas biológicas)ou um modelo voraz (mais consumo = mais oportunidades de progresso científico) que nos está a deixar depauperados. Para muitos cientistas, a ciência tornou-se a religião que tudo pode resolver. Mesmo as depressões mais profundas se resolvem com químicos...será isso que queremos ? Somos mais felizes hoje do que éramos há 25 anos ? Porquê ? Porque passamos férias em Punta Cana e temos um plasma de 70 por 80 em casa ? Ou porque nos podemos empanturrar de comida com uma facilidade inimaginável há alguns anos ?
Vamos muito depressa, é certo, mas para onde ?
Apregoar a austeridade é extremamente ingrato e não granjeia popularidade nenhuma, nem dá votos. Mais vale vender ilusões como fazem alguns políticos.
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