Sacos de Plástico São uma Praga
O tema dos sacos de plástico, e sua gratuitidade, merece alguma atenção, o tema é revelador do nosso comodismo e do primado do individual sobre tudo o resto. Primeiro, ninguém é obrigado a comprar sacos de plástico. Há alternativas, simples e baratas para transportar os bens adquiridos no hiper ou super. Sacos de pano, sacos de plástico reutilizável, sacos de papel, caixas de cartão, sacos gigantes do IKEA....etc.
Segundo do ponto de vista económico, os aparentemente inócuos sacos de plástico são
dos poucos bens sem valor comercial. Compro um quilo de bananas, e trago um saco de plástico. Será gratuito ? Ou será algo sem valor, isto é um resíduo ? Quem paga tanto desperdício ? Eu que só queria as bananas ? Eu que não uso sacos de plástico ? Sim, sou eu, pago os sacos de plástico mesmo que os não use. Posso boicotar o seu uso, mas deixo de poder ir à farmácia...que insiste que eu leve um saco plástico para casa. Convenhamos que não é opção, boicotar as farmácias.
Caso ainda não se tenham apercebido, o país está cheio (centenas de milhões de exemplares...) de sacos de plástico: nas sarjetas e valetas, nos campos e cidades, rios, lagoas, praias e...no mar, onde, surpresa, enche o aparelho digestivo de aves marinhas (1), causando-lhes a morte.
Portanto, não é uma "causa " de uma facção política ou social, é um problema sério para o qual deveríamos procurar de uma solução eficaz.
Vários países, da Irlanda (2) à África do Sul (3), que aplicaram uma taxa de dissuasão à sua distribuição gratuita. Os resultados foram os esperados: redução do desperdício, ganhos para ambos os consumidores e retalhistas, menos sacos na paisagem e vagueando pela cadeia alimentar.
Mesmo em Portugal, o "Pingo Doce" com a introdução de um preço de 2 cêntimos por saco, reduziu para metade o número de sacos distribuídos (4). Chama-se a isto eficiência e produtividade no uso dos recursos.
Neste momento os sacos de plástico gratuitos servem o comodismo dos habitantes da polis e a indústria de fabrico de sacos de plástico. Ou estarei enganado ? Podemos obviamente manter a produção de bens objectivamente inúteis só para dar emprego, como faziam os regimes comunistas, mas será que é isso que queremos ? Desperdício ? Mais ainda ? Para quê ?
Fontes:
(1) - Seabirds filled with plastic waste from Sunday Herald, 19 December 2004, http://www.robedwards.com/2004/12/seabirds-filled.html
(2) - Irish bag tax hailed success, Tuesday, 20 August, 2002, http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2205419.stm
(3) - A world drowning in litter, 4 March, 2002, http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/1849302.stm
(4) - Pingo Doce reduz em metade a distribuição de sacos de plástico, 2007-05-14, http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5140
Pode ler-se na notícia: Menos 50 por cento de sacos a poluir o ambiente no primeiro trimestre deste ano. É este o resultado da introdução de sacos de plástico 100 por cento recicláveis nos supermercados Pingo Doce.Esta redução, refere a empresa, representa menos 100 toneladas de resíduos plásticos depositadas em aterro, menos 200 toneladas de dióxido de carbono emitidas para a atmosfera e menos 160 toneladas de petróleo e gás natural.
Segundo do ponto de vista económico, os aparentemente inócuos sacos de plástico são
dos poucos bens sem valor comercial. Compro um quilo de bananas, e trago um saco de plástico. Será gratuito ? Ou será algo sem valor, isto é um resíduo ? Quem paga tanto desperdício ? Eu que só queria as bananas ? Eu que não uso sacos de plástico ? Sim, sou eu, pago os sacos de plástico mesmo que os não use. Posso boicotar o seu uso, mas deixo de poder ir à farmácia...que insiste que eu leve um saco plástico para casa. Convenhamos que não é opção, boicotar as farmácias.
Caso ainda não se tenham apercebido, o país está cheio (centenas de milhões de exemplares...) de sacos de plástico: nas sarjetas e valetas, nos campos e cidades, rios, lagoas, praias e...no mar, onde, surpresa, enche o aparelho digestivo de aves marinhas (1), causando-lhes a morte.
Portanto, não é uma "causa " de uma facção política ou social, é um problema sério para o qual deveríamos procurar de uma solução eficaz.
Vários países, da Irlanda (2) à África do Sul (3), que aplicaram uma taxa de dissuasão à sua distribuição gratuita. Os resultados foram os esperados: redução do desperdício, ganhos para ambos os consumidores e retalhistas, menos sacos na paisagem e vagueando pela cadeia alimentar.
Mesmo em Portugal, o "Pingo Doce" com a introdução de um preço de 2 cêntimos por saco, reduziu para metade o número de sacos distribuídos (4). Chama-se a isto eficiência e produtividade no uso dos recursos.
Neste momento os sacos de plástico gratuitos servem o comodismo dos habitantes da polis e a indústria de fabrico de sacos de plástico. Ou estarei enganado ? Podemos obviamente manter a produção de bens objectivamente inúteis só para dar emprego, como faziam os regimes comunistas, mas será que é isso que queremos ? Desperdício ? Mais ainda ? Para quê ?
Fontes:
(1) - Seabirds filled with plastic waste from Sunday Herald, 19 December 2004, http://www.robedwards.com/2004/12/seabirds-filled.html
(2) - Irish bag tax hailed success, Tuesday, 20 August, 2002, http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/2205419.stm
(3) - A world drowning in litter, 4 March, 2002, http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/1849302.stm
(4) - Pingo Doce reduz em metade a distribuição de sacos de plástico, 2007-05-14, http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=5140
Pode ler-se na notícia: Menos 50 por cento de sacos a poluir o ambiente no primeiro trimestre deste ano. É este o resultado da introdução de sacos de plástico 100 por cento recicláveis nos supermercados Pingo Doce.Esta redução, refere a empresa, representa menos 100 toneladas de resíduos plásticos depositadas em aterro, menos 200 toneladas de dióxido de carbono emitidas para a atmosfera e menos 160 toneladas de petróleo e gás natural.
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