Meixão capturado ilegalmente apreendido na Figueira da Foz
A propósito da acção da Brigada Fiscal na defesa da sustentabilidade dos recursos, apresentam-se excertos um documento da Comissão Europeia - "Elaboração de um plano de acção comunitário para a gestão da enguia europeia" - sobre o meixão.
A aquicultura intensiva da enguia é praticada desde há meio século e tem registado um
desenvolvimento constante nas últimas décadas. Hoje em dia, a aquicultura produz mais de 10 000 toneladas de enguias por ano. A cultura da enguia continua a recorrer ao
abastecimento de meixão selvagem, já que a reprodução artificial não é possível na fase larvar precoce. Assim, a aquicultura é actualmente uma forma de exploração da unidade populacional de enguias selvagens. A exportação de meixão para a aquicultura praticada nos países não europeus representa igualmente uma actividade económica importante
O recente recrutamento muito reduzido mostra claramente que a unidade populacional de
enguia está gravemente depauperada. Acresce que o elevado preço das enguias
(especialmente do meixão) cria incentivos económicos muito importantes para continuar com a pesca até ao esgotamento dos últimos recrutas. Por outro lado, o longo período de tempo que decorre entre o recrutamento e a desova sugere que a pesca pode continuar a ser rentável mesmo quando a população já se encontra num nível muito depauperado. A unidade populacional de enguia encontra-se, assim, numa situação de risco extremo.
Todos estes elementos apontam para a necessidade de uma acção de gestão urgente. O
princípio de precaução, segundo o qual as situações de elevado risco requerem medidas de protecção urgentes, vem também apoiar esta abordagem. Num grande número de zonas, a medida mais rápida e eficaz para aumentar a sobrevivência das enguias consiste na redução da pesca, já que as melhorias ao nível ambiental poderão requerer vários anos antes de dar frutos.
A jornalista Anabela Vaz (que não é familiar do autor deste blogue) publicou um artigo muito interessante sobre este problema do meixão no Diário As Beiras. Vale a pena a leitura. Bom jornalismo.
A aquicultura intensiva da enguia é praticada desde há meio século e tem registado um
desenvolvimento constante nas últimas décadas. Hoje em dia, a aquicultura produz mais de 10 000 toneladas de enguias por ano. A cultura da enguia continua a recorrer ao
abastecimento de meixão selvagem, já que a reprodução artificial não é possível na fase larvar precoce. Assim, a aquicultura é actualmente uma forma de exploração da unidade populacional de enguias selvagens. A exportação de meixão para a aquicultura praticada nos países não europeus representa igualmente uma actividade económica importante
O recente recrutamento muito reduzido mostra claramente que a unidade populacional de
enguia está gravemente depauperada. Acresce que o elevado preço das enguias
(especialmente do meixão) cria incentivos económicos muito importantes para continuar com a pesca até ao esgotamento dos últimos recrutas. Por outro lado, o longo período de tempo que decorre entre o recrutamento e a desova sugere que a pesca pode continuar a ser rentável mesmo quando a população já se encontra num nível muito depauperado. A unidade populacional de enguia encontra-se, assim, numa situação de risco extremo.
Todos estes elementos apontam para a necessidade de uma acção de gestão urgente. O
princípio de precaução, segundo o qual as situações de elevado risco requerem medidas de protecção urgentes, vem também apoiar esta abordagem. Num grande número de zonas, a medida mais rápida e eficaz para aumentar a sobrevivência das enguias consiste na redução da pesca, já que as melhorias ao nível ambiental poderão requerer vários anos antes de dar frutos.
A jornalista Anabela Vaz (que não é familiar do autor deste blogue) publicou um artigo muito interessante sobre este problema do meixão no Diário As Beiras. Vale a pena a leitura. Bom jornalismo.
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