Nós, o Estado e as Dívidas dos Portugueses
in http://aliastu.blogspot.com/
Esta manhã, ouço na rádio que, segundo um estudo realizado pelo ISEG, cerca de 100 mil famílias portuguesas estarão em dificuldade para realizar o pagamento das prestações dos empréstimos contraídos para compra de casa. Mas que, apesar da crise, ou por causa dela, a procura de crédito continua a aumentar. Por outro lado, há cerca de 200 mil casas à venda, o equivalente às vendas de um ano.
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Ontem foi notícia uma directiva da DGCI no sentido de obter informações junto de recém-casados para procurar receitas dos empresários de eventos sociais que fogem ao fisco. A reacção do público e dos envolvidos não se fez esperar: A grande maioria quer que o Estado cobre os impostos devidos mas (há sempre um mas português quando os interesses em jogo são colectivos) não concorda em cooperar com o Estado na realização dessa tarefa: O Estado, dizem, que contrate meios para o fazer e não envolva os cidadãos. Mas ninguém disse como é que isso se pode fazer. A quebra do segredo bancário, vá lá saber-se por quê, é geralmente repudiado pelos portugueses, mesmo por aqueles que não têm nda a segredar.
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No Expresso Economia do último Sábado era manchete a fuga de 23,7 mil milhões de dólares (valores em 2006) para paraísos fiscais, por razões fiscais, negócios altamente ilícitos ou jogos conjugais. Cerca de um terço daquela fuga é de particulares, repartindo as seguradoras e os bancos entre si os outros dois terços. O Estado tinha aplicados 235 milhões de dólares mas não explica por quê.
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O cidadão comum que ouve ou lê estas notícias, se não anda a dormir, contorce-se.
Rui Fonseca
Esta manhã, ouço na rádio que, segundo um estudo realizado pelo ISEG, cerca de 100 mil famílias portuguesas estarão em dificuldade para realizar o pagamento das prestações dos empréstimos contraídos para compra de casa. Mas que, apesar da crise, ou por causa dela, a procura de crédito continua a aumentar. Por outro lado, há cerca de 200 mil casas à venda, o equivalente às vendas de um ano.
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Ontem foi notícia uma directiva da DGCI no sentido de obter informações junto de recém-casados para procurar receitas dos empresários de eventos sociais que fogem ao fisco. A reacção do público e dos envolvidos não se fez esperar: A grande maioria quer que o Estado cobre os impostos devidos mas (há sempre um mas português quando os interesses em jogo são colectivos) não concorda em cooperar com o Estado na realização dessa tarefa: O Estado, dizem, que contrate meios para o fazer e não envolva os cidadãos. Mas ninguém disse como é que isso se pode fazer. A quebra do segredo bancário, vá lá saber-se por quê, é geralmente repudiado pelos portugueses, mesmo por aqueles que não têm nda a segredar.
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No Expresso Economia do último Sábado era manchete a fuga de 23,7 mil milhões de dólares (valores em 2006) para paraísos fiscais, por razões fiscais, negócios altamente ilícitos ou jogos conjugais. Cerca de um terço daquela fuga é de particulares, repartindo as seguradoras e os bancos entre si os outros dois terços. O Estado tinha aplicados 235 milhões de dólares mas não explica por quê.
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O cidadão comum que ouve ou lê estas notícias, se não anda a dormir, contorce-se.
Rui Fonseca
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