Reuniões de Câmara



Segundo explicação do Executivo Camarário (Duarte Silva, Lídio Lopes, Teresa Machado, José Elísio) a crise financeira da autarquia deve-se ao preço do petróleo, à falta de compradores para terrenos da Câmara enfim, ...à "crise" em geral.
Aposta-se tudo na construção. Mais uma alienação de terreno foi aprovada na freguesia de São Pedro, ali junto à duna primária, numa cota (3,5 metros ?) quase ao nível do mar. O campo de futebol vai ser transformado (ver foto acima) em "equipamentos" para os moradores da zona. O terreno adjacente destina-se a construção urbana.
Zona de risco, aviso eu. O Presidente defende a sua decisão, não lhe parece que passe por ali um Tsunami... Pronto, está tudo dito, e viva o betão para viabilizar as finanças camarárias.
Pergunto eu para onde vamos ? Quem vai comprar tantas casas ? Quem as vai manter ? Que planos estratégicos sustentam o avanço da urbanização do território ?.....
Poucas respostas....

Comentários

  1. Caro João,

    A sustentação das finanças locais, sobretudo com recurso à venda de terrenos ou aos impostos sobre transacções de imóveis, é uma prática que tem estado a conduzir este país para a criação dos maiores desaforos urbanísticos que se podem imaginar. O problema é grave na Figueira, mas é muito mais no Algarve e em outros locais do país. O que não é grande consolação para os figueirenses, que não se remedeiam com o male dos outros.

    Esta situaçãp já foi mil e uma vezes denunciada mas ninguém, até hoje, apresentou solução para o problema. As Câmaras têm despesas, logo têm de arranjar receitas.

    Antes de mais, contudo, convinha perceber se têm de ter as despesas que têm.
    Depois convinha procurar alternativas.

    Do meu ponto de vista, seria muito salutar que as câmaras dependessem mais do imposto municipal e menos dos impostos sobre a construção.

    Com este objectivo, aumentava dois impostos e reduzia um a zero: aumentava o municipal, sobretudo sobre segundas habitações, aumentava as taxas sobre construções novas, reduzia a zero as taxas sobre recuperações de casas.

    Como sabes não estou a defender interesses próprios: segundo este critério eu passaria pagar mais.

    Mas, convenhamos, que a questão tem outras vertentes. A sua repercussão na actividade construtora, por exemplo. Assunto que vale bem vários post.

    Abraço

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  2. Quanto à urbanização que ali se vai construir, não há que temer.
    Dentro de dez anos está tudo a flutuar.
    Teremos ali ( e noutros locais) uma nova Veneza.
    Já faltou mais.

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  3. João
    Segundo o meu parecer, a crise financeira das Câmaras deve-se ao desperdício das mesmas... parece-me que estão a funcionar um pouco como os clubes de futebol, paga-se muito a jogadores que não marcam golos, (o plantel absorve mais recursos financeiros que as mais valias que implementa)...
    Um abraço e bom Domingo João
    Carlos Rebola

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