A finitude
DILEMA DO LENÇOL
O crescimento do preço dos combustíveis era inevitável e é irreversível. Eventualmente subirá, a curto prazo, para valores próximos dos 200 dólares, eventualmente cairá depois, a médio prazo, para valores à volta dos 100 dólares. O factor especulativo que se tem exacerbado dos outros factores (debilidade do dólar, aumentos da procura no sudoeste asiático não compensados pelas reduções nos países desenvolvidos, insuficiência de capacidade de refinação, perturbações naturais e perturbações técnicas, entre outros) é, por definição, inconstante e os seus efeitos flutuantes. Mas o mundo não pode mais contar com combustíveis fósseis baratos, e não pode, portanto, deixar de adaptar-se às novas circunstâncias.
Por maioria de razão, os portugueses, que residem num país com grande dependência de combustíveis fósseis, não têm alternativa senão ajustar os seus hábitos individuais, reduzindo consumos, procurando alternativas, tirando maior produtividade dos consumos energéticos. A pior solução que o governo poderia adoptar seria incentivar o adiamento, através da redução da carga fiscal sobre os combustíveis, da adopção daqueles comportamentos e medidas.
in ALIAS de Rui Fonseca
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