Discussão do PU na freguesia de Vila Verde


CARTA DE RUIDO
ZONA LARANJA: zona mista

DISCUSSÃO DA REVISÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO EM VILA VERDE
Na quinta-feira passada, dia 05.11, algumas dezenas de munícipes na presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal, Duarte Silva (PSD), assistiram à discussão sobre a revisão do Plano de Urbanização em Vila Verde. O Sr. Presidente da Junta de Freguesia, João Carronda (PS), chamou a atenção dos presentes para o facto de quem fez a revisão do Plano de Urbanização não o ter ouvido. Isto é, traçam-se planos, fazem-se projectos, sem consultar quem melhor conhece o terreno e muitos dos anseios das populações.
Durante a sessão discutiram-se muito as acessibilidades. A famigerada estrada de acesso a Vila Verde (a Estrada Municipal EM600) continua a ser uma fonte de perturbação negativa da qualidade de vida da população. A estreita EM600, sem passeios nem bermas dignas, suporta mal camiões de 40 toneladas, segundo alguns intervenientes cerca de 200 por dia. Trata-se de um atentado diário à qualidade de vida, o direito ao sossego, da população local. A Carta de Ruído da Figueira da Foz ainda não está pronta (ver figura acima)...não sabemos se as zonas de urbanização programada ao lado de espaços industriais serão prejudiciais à saúde dos seus futuros ocupantes ! Os corredores verdes de protecção não são bem visíveis nos mapas e duvida-se da sua real eficácia visto não termos valores relativos ao ruído actual.
O acesso ao rio tem sido condicionado, A ETAR, o depósito de combustíveis, isto e aquilo limitam a fruição do espaço natural mais nobre da freguesia. Pouco se tem investido em infra-estruturas base que possam potenciar esta riqueza da freguesia de Vila Verde.
O Relatório da empresa RISCO afirma o seguinte:
3.2.22 UZ 22
Corresponde à zona do aglomerado de Fontela e envolvente ate à vidreira do Mondego.
Esta zona, bem como a zona de Vila Verde, constitui uma zona de expansão natural da Figueira da Foz que sofre, embora, de alguns problemas urbanos decorrentes do seu processo de evolução e crescimento. A origem rural do povoamento e do crescimento de diversos pequenos núcleos resultou numa rede viária sem condições para a circulação, com diversos pontos de estrangulamento, sem passeios e sem estacionamento.
A ligação à Figueira da Foz, assente principalmente na E.M.600, não resolve adequadamente o problema da acessibilidade a esta zona.
A qualidade paisagística deste território com uma pendente suave para Sul e óptima vista sobre o Mondego confere-lhe, por um lado, grande aptidão para a construção e, por outro, exige um especial cuidado no ordenamento e na gestão urbanística, dada a sensibilidade das vistas da margem sul do Mondego e de quem atravessa o Rio.
Propõe-se um novo traçado para a via V4 e ligações transversais entre esta via e a E.M.600.,bem como corredores verdes de protecção e enquadramento que sirvam de cortina à instalação industrial e proporcionem um estrutura verde de ligação entre o rio Mondego e o coberto vegetal a norte.
Propõe-se um índice de utilização máximo de 0,4 e um máximo de 2 pisos.
3.2.23 UZ 23
Corresponde à zona de indústria pesada actualmente ocupada pela Vidreira do Mondego e à respectiva área de expansão.
As perspectivas de crescimento daquela unidade industrial e o interesse da mesma para a economia do concelho justificam o alargamento da área destinada a indústria e armazenagem. Em complemento, propõe-se corredores verdes de protecção separando a indústria das zonas habitacionais confinantes. Na expansão da indústria existente propõe-se um índice de utilização máximo bruto de 0,5, em conformidade com o estabelecido no Regulamento.

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