Obama, a ciência e o governo local

"Vamos recolocar a ciência no seu devido lugar e dominar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade do serviço de saúde e diminuir o seu custo. Vamos domar o sol e os ventos e a terra para abastecer os nossos carros e pôr a funcionar as nossas fábricas. E vamos transformar as nossas escolas e universidades para satisfazer as exigências de uma nova era."
Obama, discurso de inauguração 20.01.2009

Por cá, gostaríamos todos que os nossos decisores políticos optassem mais pela ciência, acreditassem que os investigadores credenciados têm razão quando afirmam que historicamente a Morraceira pertence a São Julião. Ou que a energia solar térmica permitiria poupar milhares de euros em combustível nas piscinas, escolas e instalações municipais. Pelo menos, espera-se que os decisores políticos do Executivo Municipal quando contestem estudos e números, apresentem argumentos de carácter racional e inteligível.

Do ponto de vista da racionalidade científica e técnica o actual Presidente Duarte Silva mostra-se insensível às grandes questões do nosso tempo: energia, ambiente, sustentabilidade e solidariedade intergeracional. Desde 2002 que o engenheiro não conseguiu implementar uma medida infra-estrutural de verdadeira racionalidade ambiental ou energética. Nem as auditorias energéticas promovidas pela ANMP em colaboração com a EDP estão a ser aproveitadas pela CMFF. Desperdiçam-se assim recursos naturais sem que se faça pleno uso dos mesmos, e como dizia o filósofo "não há refeições à borla". Vamos todos pagar a inacção (e a factura) destes anos de PSD no governo local. A Figueira da Foz atrasa-se na corrida pela modernidade.

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