Quando a estrada ficar pronta, pode cair-nos um automóvel dentro do prato de sopa
O novo traçado do IC2 em Coimbra tem justamente merecido muitas críticas da esquerda à direita. Leia-se o seguinte documento:
“Até há bem pouco tempo, fazia as refeições com a minha esposa no terraço da casa que comprámos há pouco tempo. Agora vivemos fechados dentro do apartamento. O pó é insuportável. Quando a estrada ficar pronta, pode cair-nos um automóvel dentro do prato de sopa. Vivemos naquela rua que até tem duas placas com o nome, uma de Santa Clara, outra de São Martinho do Bispo.”
As palavras que acabei de citar são o testemunho de um munícipe residente, como acabaram de ouvir, na fronteira entre as freguesias de Santa Clara e S. Martinho do Bispo, atravessada pelo novo troço do IC2, em construção literalmente poucos metros ao lado ou por cima de habitações e de equipamentos públicos. Afirmar que a vida, ali, se tornou insuportável, gorando as expectativas dos cidadãos que investiram numa casa e esperavam qualidade de vida, não é um exagero. Afirmar que “lhes pode cair um automóvel dentro do prato de sopa” corresponde, afinal, apenas e só à realidade inaceitável de insegurança e degradação ambiental que afectará os munícipes da zona afectada por uma via que jamais devia ter sido construída naquele local, com aquelas características e formas.
Aquilo a que assistimos presentemente, no que diz respeito ao IC2, e que se prepara no estudo de novos troços do IC2 e IC3, que aguarda declaração de impacto ambiental, merece, com toda a justeza, a designação de aberração terceiro-mundista, no que diz respeito à organização da rede viária, ao planeamento urbano, e ao ambiente. É inadmissível que uma via estruturante, onde se prevê um tráfego de 100 000 veículos por dia, incluindo trânsito pesado, atravesse desta forma cinco freguesias urbanas densamente povoadas, amputando, para além disso, uma área considerável da Mata Nacional do Choupal. Se a Mata, segundo o próprio Estudo de Impacto Ambiental, estará sujeita a impactes ambientais “negativos significativos”, os cidadãos e cidadãs residentes nas imediações sofrerão directamente as consequências de saúde pública directamente derivadas do ruído, das vibrações e das emissões poluentes.
Serafim Duarte e Catarina Martins, deputados do BE na Assembleia Municipal de Coimbra
“Até há bem pouco tempo, fazia as refeições com a minha esposa no terraço da casa que comprámos há pouco tempo. Agora vivemos fechados dentro do apartamento. O pó é insuportável. Quando a estrada ficar pronta, pode cair-nos um automóvel dentro do prato de sopa. Vivemos naquela rua que até tem duas placas com o nome, uma de Santa Clara, outra de São Martinho do Bispo.”
As palavras que acabei de citar são o testemunho de um munícipe residente, como acabaram de ouvir, na fronteira entre as freguesias de Santa Clara e S. Martinho do Bispo, atravessada pelo novo troço do IC2, em construção literalmente poucos metros ao lado ou por cima de habitações e de equipamentos públicos. Afirmar que a vida, ali, se tornou insuportável, gorando as expectativas dos cidadãos que investiram numa casa e esperavam qualidade de vida, não é um exagero. Afirmar que “lhes pode cair um automóvel dentro do prato de sopa” corresponde, afinal, apenas e só à realidade inaceitável de insegurança e degradação ambiental que afectará os munícipes da zona afectada por uma via que jamais devia ter sido construída naquele local, com aquelas características e formas.
Aquilo a que assistimos presentemente, no que diz respeito ao IC2, e que se prepara no estudo de novos troços do IC2 e IC3, que aguarda declaração de impacto ambiental, merece, com toda a justeza, a designação de aberração terceiro-mundista, no que diz respeito à organização da rede viária, ao planeamento urbano, e ao ambiente. É inadmissível que uma via estruturante, onde se prevê um tráfego de 100 000 veículos por dia, incluindo trânsito pesado, atravesse desta forma cinco freguesias urbanas densamente povoadas, amputando, para além disso, uma área considerável da Mata Nacional do Choupal. Se a Mata, segundo o próprio Estudo de Impacto Ambiental, estará sujeita a impactes ambientais “negativos significativos”, os cidadãos e cidadãs residentes nas imediações sofrerão directamente as consequências de saúde pública directamente derivadas do ruído, das vibrações e das emissões poluentes.
Serafim Duarte e Catarina Martins, deputados do BE na Assembleia Municipal de Coimbra
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