Água potável e Proposta de Regulamento para os Espaços Verdes Municipais



REGAS COM ÁGUA POTÁVEL
Observa-se com excessiva frequência o desperdício de água potável nas regas efectuadas nos espaços verdes das freguesias urbanas. Especialmente as empresas contratadas exteriormente usam muito mais do que o razoável. Porquê ?
1 - Quem paga a água é a Câmara. Outras Câmaras obrigam as empresas contratadas a pagar a água que consomem.
2 - As empresas contratadas para a conservação e manutenção dos jardins e espaços verdes não têm limites máximos.
3 - A fiscalização por parte da Câmara é ineficaz ou inexistente, não por que os técnicos não saibam dos excessos, mas sim por que os decisores políticos não actuam nem mostram sensibilidade para o assunto.

O consumo de água potável, comprada às Águas da Figueira a 0,76 euros o metro cúbico, é desconhecido. Ou seja, não há controlo, não há objectivos de redução, não há responsabilidade na gestão da rega.
Em Lisboa o projecto GOTAR já permitiu poupanças substanciais de água. Na Figueira da Foz, a dívida não pára de aumentar, mas não há uma única medida de racionalização ambiental...uma única tentativa de controlar os desperdícios ou custos excessivos.

Apresentámos uma proposta de Regulamento para os Espaços Verdes (ver abaixo) que foi chumbada com os votos contra de Duarte Silva, Teresa Machado, Lídio Lopes e José Elísio.

PS: Regam-se os relvados e jardins às horas de maior exposição solar (entre as 11 – 17h) violando o horário (noite ou madrugada) exigido pelo caderno de encargos. Porquê ? Quem controla ? Quem obriga ao cumprimento do Caderno de Encargos ?

PROPOSTA DOS VEREADORES DO PARTIDO SOCIALISTA
CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ

PRESENTE EM REUNIÃO DE CÂMARA A 21.07.2008
PROPOSTA DE VOTAÇÃO NA REUNIÃO DE 19 DE FEVEREIRO DE 2009
PROPOSTA
REGULAMENTO MUNICIPAL DE ESPAÇOS VERDES
DO CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ


Herdámos dos nossos antepassados espaços verdes de grande valor ecológico e estético. Cabe-nos a responsabilidade da sua boa gestão e manutenção e ainda a dinamização dos mesmos para que as novas gerações possam usufruir deste inestimável património.
A visão de espaços verdes exposta neste documento apoia-se em aspectos ambientais, sociais e económicos. Queremos que a sua gestão realizada de forma verdadeiramente sustentável com menos consumo de água, energia, menor impacto dos químicos a utilizar i.e. a pegada ecológica terá que ser consentânea com a riqueza natural existente. O planeamento dos novos espaços verdes deverá integrar espécies autóctones e resistentes à falta de água, em consonância com o clima local e os previsíveis impactos das alterações climáticas.
Este Regulamento promove um quadro de acção mais responsabilizador para a Câmara Municipal, exigindo a necessária fiscalização, alguma criatividade e abertura de espírito para soluções inovadoras, do ponto estético e funcional.

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