Degradação das infra-estruturas municipais - Duarte Silva


Durante os últimos 7 anos, desde 2001, assistimos à degradação de uma parte significativa das infra-estruturas municipais. As causas:
-falta de atenção e sensibilidade dos decisores políticos;
-calendários eleitoralistas;
-endividamento excessivo, só em juros da dívida da Empresa Municipal FIGUIRA DOMUS pagamos mais de um milhão de euros por ano;
-privatização de quase todos os serviços municipais, ou contratação exterior dos mesmos, obrigando a moroso processo burocrático para a simples colocação de um passeio ou pintura de um traço contínuo;

E por último, e talvez esta seja a razão de maior peso, a ausência de uma liderança forte e empenhada.

Os buracos multiplicam-se em todos os domínios: caldeiras vazias de árvores; crateras no asfalto, pavilhões desportivos com buracos na cobertura, o buraco financeiro... Alguns são tapados aqui e acoli de uma forma desarticulada e nunca com método nem critério. Adiciona-se a falta de meios (e vontade) na fiscalização dos trabalhos efectuados. Conjugam-se todos estes funestos elementos e temos uma cidade mal tratada. Compare-se com outras da mesma dimensão, veja-se o vigor Leiria e o primor de Cantanhede no tratamento dos espaços públicos.
Infelizmente há muito boa gente que se habitua facilmente a este estado de coisas, e deixou de reagir ou declara-se indiferente. Tomam assim o partido da mediocridade e falta de exigência para consigo próprios.

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