Energia Solar - Respostas a um comentário
Comentários a uma mensagem recebida sobre a energia fotovoltaica que desde já agradeço pela pertinência de algumas questões levantadas:
"quando se transforma alguma coisa noutra coisa qualquer há sempre agressão ambiental"
O planeta Terra, felizmente para nós, tem uma capacidade enorme para resistir às nossas "agressões ambientais". Os painéis fotovoltaicos quando transformam raios solares em energia solar não constituem uma processo poluidor. A poluição está a montante e a jusante, desde o processo de fabrico aos resíduos. Mas, o ciclo de vida de um painel solar é muito mais benigno que o de uma central nuclear ou uma grande barragem.
" a autosuficiencia energética (eléctrica) desejável."
A auto-suficiência energética depende muito do nosso consumo. Se formos mais eficientes ( uma central a carvão tem um rendimento de 30%, o motor do meu carro também não passa disso....ou seja 70% do carvão e gasolina são desperdiçados sob forma de perdas, calor, atrito...etc.) é possível a auto-suficiência energética a partir do sol.
" Porque não desliga a rede eléctrica pública da sua casa e se autoabastece a partir de paineis fotovoltaicos?"
A rede eléctrica é um meio muito eficiente de gerir energia. Devemos produzir energia, cada um no seu telhado, e vendê-la ao mercado, injectá-la na rede. Eu defendo a rede. Só em meios muito afastados dos postos de transformação faz sentido a auto-suficiência. Por exemplo nas serras algarvias há bons exemplos da aplicação de um mix energético local para a auto-suficiência de populações isoladas.
A rede funcionará melhor se houver várias fontes simultâneas, e a hidroelétrica é uma parte importante. Já temos grandes barragens capazes de abastecer a potência exigida pela indústria. E mais uma vez as centrais solares (ver Almeria, Espanha) de alta temperatura e concentração podem suprir esta necessidade .
"As questões da eficiência energética sim! Defenda-as com unhas e dentes! Saiu como sabe, recentemente, legislação sobre a certificação energética dos novos edifícios. "
Frequentei o curso de formação de RCCTE, apesar de não trabalhar nesta área.
É pena que o eng. Duarte Silva na hora de decidir se esqueça os regulamentos e não aplique a RCCTE aos edifícios promovidos pela própria Câmara Municipal.
"O caminho não é campanhas anti-barragens nem mesmo campanhas do tipo "nuclear não, obrigado!" mas antes campanhas visando a utilização (consumo)eficiente dos recursos energéticos e prioridade à exploração dos recursos endógenos (oferta)."
Discordo da perspectiva do leitor anónimo neste ponto. O nosso atraso deve-se à crença que as grandes empreitadas, o grande investimento (nuclear, barragens) resolve os problemas do país.
Temos um clima extraordinário, uma potencialidades fantásticas mas estamos a desperdiçar, ano após ano os nossos recursos naturais. Os rios selvagens, a biodiversidade são uma riqueza excepcional (ver entrevista ao Público de ontem do Director do Instituto de Conservação da Natureza) que não está valorizada do ponto de vista económico. Quanto vale uma abelha polinizadora ? E um castanheiro , o valor da madeira ? o valor da produção anual da castanha recolhida ? o valor da sua beleza ? o valor da regulação climática ? o valor de um tonelada de oxigénio produzida ?
São estas questões que fogem ao "pensamento único dominante" e que deveriam ser debatidas.
"quando se transforma alguma coisa noutra coisa qualquer há sempre agressão ambiental"
O planeta Terra, felizmente para nós, tem uma capacidade enorme para resistir às nossas "agressões ambientais". Os painéis fotovoltaicos quando transformam raios solares em energia solar não constituem uma processo poluidor. A poluição está a montante e a jusante, desde o processo de fabrico aos resíduos. Mas, o ciclo de vida de um painel solar é muito mais benigno que o de uma central nuclear ou uma grande barragem.
" a autosuficiencia energética (eléctrica) desejável."
A auto-suficiência energética depende muito do nosso consumo. Se formos mais eficientes ( uma central a carvão tem um rendimento de 30%, o motor do meu carro também não passa disso....ou seja 70% do carvão e gasolina são desperdiçados sob forma de perdas, calor, atrito...etc.) é possível a auto-suficiência energética a partir do sol.
" Porque não desliga a rede eléctrica pública da sua casa e se autoabastece a partir de paineis fotovoltaicos?"
A rede eléctrica é um meio muito eficiente de gerir energia. Devemos produzir energia, cada um no seu telhado, e vendê-la ao mercado, injectá-la na rede. Eu defendo a rede. Só em meios muito afastados dos postos de transformação faz sentido a auto-suficiência. Por exemplo nas serras algarvias há bons exemplos da aplicação de um mix energético local para a auto-suficiência de populações isoladas.
A rede funcionará melhor se houver várias fontes simultâneas, e a hidroelétrica é uma parte importante. Já temos grandes barragens capazes de abastecer a potência exigida pela indústria. E mais uma vez as centrais solares (ver Almeria, Espanha) de alta temperatura e concentração podem suprir esta necessidade .
"As questões da eficiência energética sim! Defenda-as com unhas e dentes! Saiu como sabe, recentemente, legislação sobre a certificação energética dos novos edifícios. "
Frequentei o curso de formação de RCCTE, apesar de não trabalhar nesta área.
É pena que o eng. Duarte Silva na hora de decidir se esqueça os regulamentos e não aplique a RCCTE aos edifícios promovidos pela própria Câmara Municipal.
"O caminho não é campanhas anti-barragens nem mesmo campanhas do tipo "nuclear não, obrigado!" mas antes campanhas visando a utilização (consumo)eficiente dos recursos energéticos e prioridade à exploração dos recursos endógenos (oferta)."
Discordo da perspectiva do leitor anónimo neste ponto. O nosso atraso deve-se à crença que as grandes empreitadas, o grande investimento (nuclear, barragens) resolve os problemas do país.
Temos um clima extraordinário, uma potencialidades fantásticas mas estamos a desperdiçar, ano após ano os nossos recursos naturais. Os rios selvagens, a biodiversidade são uma riqueza excepcional (ver entrevista ao Público de ontem do Director do Instituto de Conservação da Natureza) que não está valorizada do ponto de vista económico. Quanto vale uma abelha polinizadora ? E um castanheiro , o valor da madeira ? o valor da produção anual da castanha recolhida ? o valor da sua beleza ? o valor da regulação climática ? o valor de um tonelada de oxigénio produzida ?
São estas questões que fogem ao "pensamento único dominante" e que deveriam ser debatidas.
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