Apropriação do Espaço Público




Uma esplanada no espaço de todos nós: público.
Nos países democráticos e organizados, o detentor do estabelecimento paga a respectiva taxa à Câmara, e permite a passagem e permanência dos cidadãos na esplanada. No final do dia retiram-se os equipamentos, e o espaço volta a ser de todos, sem cadeiras nem mesas.
Na Figueira da Foz é diferente. De mansinho colocam-se as cadeiras e mesas. Rapidamente o espaço está cercado com tapa ventos que não são amovíveis, mas estão sim fixos e bem fixos. Depois constrói-se uma segunda sala, com estruturas pesadas e caras. Muito caras para que depois a Câmara tenha coragem para as remover. A cobardia política, o populismo e o interesse privado sobrepõem-se ao público. Imaginem que cada um de nós fazia o mesmo em frente a sua casa, e ocupava assim o passeio com uma estrutura deste tipo....
Imaginem ainda que a estrutura cai e mata alguém. Quem é responsável? Há seguro para este equipamento privado em espaço público? Terá licença e autorização camarária?

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