Privatização dos Serviços e Aumento do Preço Final da Água
Defendo que os bens e serviços essenciais (por ex.: água, electricidade, resíduos, gás...etc.) não devem ser subsidiados. Os utilizadores devem pagar o custo real, só assim se racionalizam consumos e se distingue quem poupa e é eficaz no seu uso, e quem gasta desalmadamente.
No entanto, será útil reflectir sobre a privatização e concessão da exploração das águas a empresas privadas. No topo dos sistemas com água mais cara estão entidades privadas. Não seria suposto a privatização aumentar a eficiência da empresa e diminuir o preço final ? Não é esse o objectivo da privatização ?
Poucos estudos foram realizados sobre este tema em Portugal, mas seria útil analisar a questão, verificando-se se a privatização dos serviços de águas resultou em benefício da comunidade, ou serviu mais para gerar lucros a empresas e consórcios privados. Houve aumentos de preços injustificados ?
A este respeito note-se que Paris "recomunalizou" (retirando-o à VEOLIA, uma das maiores empresas do mundo neste sector) os serviços de águas, passando estes a ser directamente geridos pelo município.
Certo é que a água na Figueira da Foz é a terceira mais cara do país, segundo o estudo publicado no Diário de Notícias (ver abaixo).
Note-se bem: a água da torneira é realmente muito barata, custa 1,3 cêntimos por cada 10 litros. Se compararmos com a água do garrafão (45 cêntimos = 5 litros) custa 66 vezes menos. Tendo em vista um consumo de 100 litros por dia e por pessoa, gastamos 13 cêntimos por dia. Não é muito. Um café custa 70 cêntimos, dá para comprar 515 litros de água proveniente da empresa "Águas da Figueira".
O artigo do Diário de Notícias poderá ler-se aqui.
"Paços de Ferreira (Porto) com uma factura de 187 euros anuais, Figueira da Foz (Coimbra) com 163 euros, Santa Maria da Feira (Porto) com 159 euros e Barcelos (Braga) com 155 euros de tarifa anual para o referido consumo anual de 120 metros cúbicos de água lideram o ranking dos concelhos com as tarifas mais caras do país. Os dados reportam-se a 2007 já que, refere a Deco, o Instituto Regulador de Águas e Resíduos não dispõe de números mais recentes. "
No entanto, será útil reflectir sobre a privatização e concessão da exploração das águas a empresas privadas. No topo dos sistemas com água mais cara estão entidades privadas. Não seria suposto a privatização aumentar a eficiência da empresa e diminuir o preço final ? Não é esse o objectivo da privatização ?
Poucos estudos foram realizados sobre este tema em Portugal, mas seria útil analisar a questão, verificando-se se a privatização dos serviços de águas resultou em benefício da comunidade, ou serviu mais para gerar lucros a empresas e consórcios privados. Houve aumentos de preços injustificados ?
A este respeito note-se que Paris "recomunalizou" (retirando-o à VEOLIA, uma das maiores empresas do mundo neste sector) os serviços de águas, passando estes a ser directamente geridos pelo município.
Certo é que a água na Figueira da Foz é a terceira mais cara do país, segundo o estudo publicado no Diário de Notícias (ver abaixo).
Note-se bem: a água da torneira é realmente muito barata, custa 1,3 cêntimos por cada 10 litros. Se compararmos com a água do garrafão (45 cêntimos = 5 litros) custa 66 vezes menos. Tendo em vista um consumo de 100 litros por dia e por pessoa, gastamos 13 cêntimos por dia. Não é muito. Um café custa 70 cêntimos, dá para comprar 515 litros de água proveniente da empresa "Águas da Figueira".
O artigo do Diário de Notícias poderá ler-se aqui.
"Paços de Ferreira (Porto) com uma factura de 187 euros anuais, Figueira da Foz (Coimbra) com 163 euros, Santa Maria da Feira (Porto) com 159 euros e Barcelos (Braga) com 155 euros de tarifa anual para o referido consumo anual de 120 metros cúbicos de água lideram o ranking dos concelhos com as tarifas mais caras do país. Os dados reportam-se a 2007 já que, refere a Deco, o Instituto Regulador de Águas e Resíduos não dispõe de números mais recentes. "
E ainda o mais escandaloso é os regulamentos dessas empresas irem contra a lei, quando cobram os metros do ramal de ligação da água na via pública. De acordo com a lei e passo a citar "compete à entidade gestora", e não ao consumidor, que deve apenas pagar a ligação. Eu pessoalmente vou apresentar queixa à DECO, quando em pleno século XXI me pedem cerca de 8 000 euros para ter água da rede em casa....É um verdadeiro escândalo!
ResponderEliminarMuito...gostariam os habitantes do Moinho das Figueiras (que não têm água nem saneamento básico) discutir também os preços da água...mas mesmo assim aqui vai, a água para beber engarrafada mais barata é no Pingo Doce e Lidl, a 0,08€ o litro e para cozinhar é só fazer alguns kms e ir à fonte de Ribeira de Stº Amaro no concelho de Pombal e que tem água de excelente qualidade e encher 20 a 30 garrafões de 5 lts e transportá-los para casa...
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