Mortes na ex EN111 - Mau estado da via e incúria municipal
A estrada que liga a Figueira da Foz a Montemor-o-Velho (ex EN 111) passou há cerca de dez anos atrás para a gestão municipal. Desde então é evidente o mau estado do piso, a ausência da sinalização (os traços delimitadores da via desapareceram por falta de manutenção), as repavimentações incompletas, a degradação dos railes, a falta de passeios e protecção aos peões, as obras de saneamento mal acabadas...etc. A Câmara Municipal da Figueira da Foz "esqueceu-se" da manutenção da via, e poucas (ou nenhumas) foram as medidas para a tornar mais segura.
Obviamente que o estado da estrada influencia o grau de sinistralidade. Se a estrada estivesse em perfeito estado de manutenção, poder-se-ia excluir esse factor como causa do acidente. Assim, não podemos deixar de supor que exista algum nexo de casualidade entre os feridos e mortos e a incúria na manutenção da infra-estrutura.
Caso se verifique o mau estado da via é causa inequívoca do acidente, deveriam os responsáveis políticos e técnicos ser acusados de negligência danosa. Desta forma minorar-se-ia o "deixa-andar", o "nacional porreirismo" de quem decide sobre as condições de segurança de todos nós.
É tempo dos novos responsáveis camarários se debruçarem seriamente sobre a manutenção da rede rodoviária do concelho, cuidando de uma abordagem profissional e deixando para trás os procedimentos aleatórios, e sem governo, vigentes nos mandatos de Duarte Silva.
As minhas condolências às famílias do morto (residente em Alhadas) e votos de melhoras dos feridos graves resultantes do mais recente acidente (15.09) na ex-EN111 na zona de Carritos.
Obviamente que o estado da estrada influencia o grau de sinistralidade. Se a estrada estivesse em perfeito estado de manutenção, poder-se-ia excluir esse factor como causa do acidente. Assim, não podemos deixar de supor que exista algum nexo de casualidade entre os feridos e mortos e a incúria na manutenção da infra-estrutura.
Caso se verifique o mau estado da via é causa inequívoca do acidente, deveriam os responsáveis políticos e técnicos ser acusados de negligência danosa. Desta forma minorar-se-ia o "deixa-andar", o "nacional porreirismo" de quem decide sobre as condições de segurança de todos nós.
É tempo dos novos responsáveis camarários se debruçarem seriamente sobre a manutenção da rede rodoviária do concelho, cuidando de uma abordagem profissional e deixando para trás os procedimentos aleatórios, e sem governo, vigentes nos mandatos de Duarte Silva.
As minhas condolências às famílias do morto (residente em Alhadas) e votos de melhoras dos feridos graves resultantes do mais recente acidente (15.09) na ex-EN111 na zona de Carritos.
Olá João.
ResponderEliminarAs causas do acidente poderão ter sido muitas. A má pavimentação ou estado do piso pode ser uma delas, contudo, sabemos que à hora do acidente as condições climatérias eram adversas, o adiantado da hora, o eventual cansaço dos condutores, uma distracção, podem ser outras causas. Logo é precipitado apontar as más condições do pavimento.
Mais certo seria apontar a incuria de alguns automobilistas que, mesmo com mau tempo, piso escorregadio e as tais más condições do piso, continuam a ser os "Sennas" do asfalto.
Concordo que o estado do pavimento, das vias pode influenciar e estar na base de muitos acidentes mas, naquele caso (e apesar de o estado do mesmo não ser o melhor) penso que a fraca visibilidade (provocada pelo mau tempo) aliada à curva perigoso que existe no local poderá estar na base do acidente.
No entanto, concordo que as estradas do concelho merecem melhorias (e muitas). E voltando ao início, não nos podemos esquecer que não é só a autarquia que tem responsabilidades quanto ao mau estado das estradas do concelho. Empresas prestadoras de serviços públicos, desde água, tv cabo, saneamento, edp e outros serviços que eventualmente usam o solo para colocarem os seus serviços também deveria ser responsabilizadas pelo mau estado da mesma.
Em quantas estradas novas passamos uns dias depois e já tem rasgões porque alguma entidade ali fazer passar "não sei o quê".
Um (mau) exemplo disso é a estrada que liga a zona do cruzamento do galo d'ouro à chã. Vejam a pouca vergonha daquela estrada! Junto à propria empresa águas da figueira, naquele cruzamento, olhem para o estado da via. Essas empresas deveriam ser responsabilizadas. Estragam velho pagam novo e não como fazem: remendam.
À minha porta , por exemplo, a empresa águas da figueira teve que abrir um rasgo no chão. (tenho a infelicidade de ter junto À minha porta de casa um desses colectores ou ramal (ou lá o que é) que serve ali meia duzia de ligações a diversas ruas!
Há cerca de dois meses andaram por ali, os homens da aguas da figueira, a fazer reparações e abriram o tal buraco (tenho mesmo cortado um bom rectangulo de alcatrão) à frente da minha porta.
Fizeram o que tinha a fazer e no final foram embora. O buraco lá ficou, meio tapado com terra e pedras que, com as recentes chuvas, desapareceram.
De quem é a responsabilidade? Quem se responsabiliza?
João, um abraço.
Paulo, obrigado pelos teus comentários.
ResponderEliminarGostaria somente deixar bem explícito que o mau estado da via poderá ser uma causa. Se a via estivesse em pleno estado de conservação, esta não seria uma causa. Só a peritagem poderá elucidar-nos sobre as causas do acidente.