O Ambiente e o Campo de Golfe de Buarcos
Um leitor desafia-me a que me pronuncie sobre o campo de Golfe de Buarcos.
A implementação efetiva da ideia surge com o ex- Presidente Duarte Silva. É mais uma herança pesada que os figueirenses estão a pagar (só à SOMAGUE Duarte Silva encomendou 15 milhões de obras a realizar no Campo Desportivo de Buarcos). Depois de vários anos de conflito e impasse, surge uma solução para o imbróglio. O jornal Figueirense deu a notícia na sua última edição.
Desconheço o projeto em detalhe, sei o que vem escrito nos jornais e pouco mais. Portanto, não sei o suficiente para poder ajuizar da sustentabilidade do dito.
Ainda assim, propomho alguns comentários generalistas sobre o assunto.
1. O campo de Golfe a construir em Buarcos poderá ser uma forma de valorizar o território sem desequilibrar o meio. Ou, pelo contrário, poderá ser um fator de pressão elevado sobre o solo e o património natural existente. Dependerá do projeto, da fiscalização à obra, dos promotores e até dos utilizadores.
Há muitos detalhes a ter em conta, até as bolas perdidas, de plástico com metais pesados, na Escócia aparecem no fundo do famoso lago Loch Ness. Não se degradam e poluem a água. Um problema a resolver. Nos EUA perdem-se 300 milhões de bolas de golfe , todos os anos. A solução passará pelas bolas biodegradáveis?
2. Tradicionalmente os relvados extensos, e desprotegidos, tendem a consumir muitos milhões de litros de água; necessitam ainda de toneladas de químicos (fertilizantes, pesticidas) agressivos e em nada contribuem para a necessária sustentabilidade. Há alternativas eficazes, há campos de golfe que procuram a simbiose entre o meio, o consumo de recursos e a vontade de praticar desporto ao ar livre. Acredito que se o empreendimento for bem concebido, e gerido, não será um problema ambiental de peso.
3. Será sempre melhor opção construir o campo de golfe numa zona de continuidade urbana do que ir "colonizar" uma zona virgem de "parque natural" ou "paisagem protegida". Contudo, a biodiversidade existente naquela área deverá ser valorizada e até incrementada com a introdução de outras espécies. Na realidade os pinheiros bravos e eucaliptos existentes não promovem a diversidade do meio, podem perfeitamente ser substituídos por pinheiros mansos, carvalhos e outras árvores adaptadas às condições edafoclimáticas da Figueira da Foz. Neste âmbito acredito que se poderá criar um ecossistema mais rico naquela área.
4. Seria útil pensar nos atuais moradores (poucos, mas pessoas com a aspiração de continuar a viver ali) e na respetiva inserção no campo de golfe. Será possível ? Desejável é concerteza.
A implementação efetiva da ideia surge com o ex- Presidente Duarte Silva. É mais uma herança pesada que os figueirenses estão a pagar (só à SOMAGUE Duarte Silva encomendou 15 milhões de obras a realizar no Campo Desportivo de Buarcos). Depois de vários anos de conflito e impasse, surge uma solução para o imbróglio. O jornal Figueirense deu a notícia na sua última edição.
Desconheço o projeto em detalhe, sei o que vem escrito nos jornais e pouco mais. Portanto, não sei o suficiente para poder ajuizar da sustentabilidade do dito.
Ainda assim, propomho alguns comentários generalistas sobre o assunto.
1. O campo de Golfe a construir em Buarcos poderá ser uma forma de valorizar o território sem desequilibrar o meio. Ou, pelo contrário, poderá ser um fator de pressão elevado sobre o solo e o património natural existente. Dependerá do projeto, da fiscalização à obra, dos promotores e até dos utilizadores.
Há muitos detalhes a ter em conta, até as bolas perdidas, de plástico com metais pesados, na Escócia aparecem no fundo do famoso lago Loch Ness. Não se degradam e poluem a água. Um problema a resolver. Nos EUA perdem-se 300 milhões de bolas de golfe , todos os anos. A solução passará pelas bolas biodegradáveis?
2. Tradicionalmente os relvados extensos, e desprotegidos, tendem a consumir muitos milhões de litros de água; necessitam ainda de toneladas de químicos (fertilizantes, pesticidas) agressivos e em nada contribuem para a necessária sustentabilidade. Há alternativas eficazes, há campos de golfe que procuram a simbiose entre o meio, o consumo de recursos e a vontade de praticar desporto ao ar livre. Acredito que se o empreendimento for bem concebido, e gerido, não será um problema ambiental de peso.
3. Será sempre melhor opção construir o campo de golfe numa zona de continuidade urbana do que ir "colonizar" uma zona virgem de "parque natural" ou "paisagem protegida". Contudo, a biodiversidade existente naquela área deverá ser valorizada e até incrementada com a introdução de outras espécies. Na realidade os pinheiros bravos e eucaliptos existentes não promovem a diversidade do meio, podem perfeitamente ser substituídos por pinheiros mansos, carvalhos e outras árvores adaptadas às condições edafoclimáticas da Figueira da Foz. Neste âmbito acredito que se poderá criar um ecossistema mais rico naquela área.
4. Seria útil pensar nos atuais moradores (poucos, mas pessoas com a aspiração de continuar a viver ali) e na respetiva inserção no campo de golfe. Será possível ? Desejável é concerteza.
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