Areal da Praia da Figueira da Foz - sem rapadura mecânica
Câmara Municipal decide-se pela não intervenção mecânica na «antepraia» para promover a regeneração natural do ecossistema
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, "com o intuito de promover a consolidação das areias, não realizará a habitual intervenção mecânica da zona da antepraia, promovendo assim a fixação natural da vegetação. Esta opção visa a regeneração natural do ecossistema". A informação consta de uma nota de imprensa enviada pelo vereador António Tavares, que acrescenta que "na verdade, os estudos indicam que o revolver das areias, e a consequente destruição da vegetação autóctone, não só interrompem a estabilização natural do solo arenoso e das dunas, como afectam também a preservação de um espaço natural e de biodiversidade. Da mesma forma, a intervenção mecânica provoca o aparecimento de áreas de terra, seguido pelo afloramento de pedras e rochas".
Torna-se, assim, esclarece a mesma nota, "necessário parar a intervenção mecânica, a fim de impedir o processo de acreção de materiais indesejáveis, sabendo-se que as areias promovem a infiltração de águas com alguma carga orgânica que, de outra forma, se mantinham à superfície com efeitos prejudiciais, quer estéticos, quer de salubridade".
"Desta forma, a paragem da “rapadura” mecânica das areias permitirá a restauração e estabilização das mesmas e da sua formação dunar, sobretudo em áreas mais frágeis e críticas, bem como facilitará aos estudiosos um amplo laboratório de desenvolvimento de espécies da flora própria do espaço em questão e consequente aproveitamento pedagógico na área ambiental e dos ecossistemas", pode ainda ler-se.
«Não faz sentido manter à força todo o areal como um “areal de praia”», defende o executivo.
"É sabido que a zona do areal em apreço contempla, hoje, espécies da flora que já não são próprias dos areais de praia e das dunas, pelo que o seu enriquecimento e manutenção é demonstrativo de que não faz sentido manter à força todo o areal como um “areal de praia”", defende António Tavares.
"Aliás, a esmagadora maioria dos projectos que concorreram ao concurso de ideias para o areal da praia sugerem a manutenção de espaços e interstícios de desenvolvimento natural da vegetação, a par de outras ocupações que a Câmara quer e deseja promover, aliadas a uma rede de passadiços que permita aproximar pólos ou núcleos de agregação no espaço da antepraia. Esta solução permitirá uma ocupação do areal sem grandes custos, amiga do ambiente e capaz de humanizar o espaço tornando-o mais próximo da praia", conclui.
O autarca informa ainda que a Câmara colocou, na entrada das passadeiras que conduzem à praia, painéis explicativos da sua tomada de posição.
in Figueira na Hora
http://www.facebook.com/FigueiraNaHora
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, "com o intuito de promover a consolidação das areias, não realizará a habitual intervenção mecânica da zona da antepraia, promovendo assim a fixação natural da vegetação. Esta opção visa a regeneração natural do ecossistema". A informação consta de uma nota de imprensa enviada pelo vereador António Tavares, que acrescenta que "na verdade, os estudos indicam que o revolver das areias, e a consequente destruição da vegetação autóctone, não só interrompem a estabilização natural do solo arenoso e das dunas, como afectam também a preservação de um espaço natural e de biodiversidade. Da mesma forma, a intervenção mecânica provoca o aparecimento de áreas de terra, seguido pelo afloramento de pedras e rochas".
Torna-se, assim, esclarece a mesma nota, "necessário parar a intervenção mecânica, a fim de impedir o processo de acreção de materiais indesejáveis, sabendo-se que as areias promovem a infiltração de águas com alguma carga orgânica que, de outra forma, se mantinham à superfície com efeitos prejudiciais, quer estéticos, quer de salubridade".
"Desta forma, a paragem da “rapadura” mecânica das areias permitirá a restauração e estabilização das mesmas e da sua formação dunar, sobretudo em áreas mais frágeis e críticas, bem como facilitará aos estudiosos um amplo laboratório de desenvolvimento de espécies da flora própria do espaço em questão e consequente aproveitamento pedagógico na área ambiental e dos ecossistemas", pode ainda ler-se.
«Não faz sentido manter à força todo o areal como um “areal de praia”», defende o executivo.
"É sabido que a zona do areal em apreço contempla, hoje, espécies da flora que já não são próprias dos areais de praia e das dunas, pelo que o seu enriquecimento e manutenção é demonstrativo de que não faz sentido manter à força todo o areal como um “areal de praia”", defende António Tavares.
"Aliás, a esmagadora maioria dos projectos que concorreram ao concurso de ideias para o areal da praia sugerem a manutenção de espaços e interstícios de desenvolvimento natural da vegetação, a par de outras ocupações que a Câmara quer e deseja promover, aliadas a uma rede de passadiços que permita aproximar pólos ou núcleos de agregação no espaço da antepraia. Esta solução permitirá uma ocupação do areal sem grandes custos, amiga do ambiente e capaz de humanizar o espaço tornando-o mais próximo da praia", conclui.
O autarca informa ainda que a Câmara colocou, na entrada das passadeiras que conduzem à praia, painéis explicativos da sua tomada de posição.
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