“Somos todos peões”
O nível civilizacional de uma sociedade mede-se pelo respeito consagrado aos seus membros mais vulneráveis. A proteção dos peões é uma bitola pela qual se poderá avaliar a qualidade da gestão local. Na Figueira a valorização do espaço pedonal, apesar de algum progresso, continua a ser insuficiente. Talvez porque não haja sensibilidade de técnicos nem decisores para a importância do investimento na “pedonalidade”. Isto, apesar de crescer o número de pessoas que caminha (e corre) pela sua saúde, enquanto forma de exercício lúdico e social. Mesmo em zonas rurais, pela borda de estradas movimentadas surgem peões em caminhadas noturnas.
Estas pessoas correm alguns
riscos dado o excesso de velocidade de muitos condutores e a falta de investimento
na sua segurança: passeios estreitos e sem continuidade, ausência de
sinalização e barreiras físicas que separem peões de carros,…etc.
Julgo que mais gente andaria a pé
se houvesse mais segurança. Os peões, tal como os ciclistas, são ainda o
parente pobre da mobilidade.
Publicado no Diário "As Beiras", 14.12.2013
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