2 milhões de euros para "reforçar" a erosão
O Ministério do Ambiente decretou um apoio à manutenção e reforço das estruturas (esporões) existentes nas praias a sul do Mondego. São cerca de 2,6 milhões de euros para manter o status quo: ou seja vai ficar tudo na mesma, as empresas de construção civil agradecem e os contribuintes pagam a fatura do mau planeamento e de decisões erradas.
Os manuais técnicos afirmam, e reafirmam, que as "CAUSAS DA EROSÃO COSTEIRA" são múltiplas. Embora alguns desses factores sejam (ou possam ser considerados) naturais, a maior parte é consequência directa ou indirecta de actividades antrópicas.
Os principais factores responsáveis pela erosão costeira e consequente recuo da linha de costa são:
- elevação do nível do mar;
- diminuição da quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral;
- degradação antropogénica das estruturas naturais;
- obras pesadas de engenharia costeira, nomeadamente as que são implantadas para defender o litoral.
IV.4.a) - Molhes e Quebra-Mares.
Há que reconhecer que os molhes e quebra-mares dos portos são imprescindíveis para o desenvolvimento económico e social do país. Têm, fundamentalmente, duas funções: modificar as condições oceanográficas locais (por forma a tornar mais segura a entrada do porto e a própria zona portuária); e modificar as condições da dinâmica sedimentar (por forma a fixar canais de navegação e minimizar o assoreamento).
Como é evidente, tais estruturas perturbam profundamente a dinâmica intrínseca do litoral, entre outras razões porque:
a) modificam, as condições locais da deriva litoral, induzindo fenómenos de difracção, refracção e reflexão da agitação marítima totalmente estranhos ao funcionamento natural do sistema;
b) frequentemente, divergem para o largo as correntes de deriva litoral, o que tem como consequência a deposição de areias a profundidades em que dificilmente são remobilizadas, o que se traduz numa diminuição da deriva litoral nesse troço costeiro;
c) interrompem, quase por completo, a deriva litoral (pelo menos até colmatação completa do molhe), o que tem consequências profundamente nefastas para o litoral a jusante dos molhes (Fig. IV.16).
Estudo de Avaliação da Situação Ambiental e Proposta de Medidas de Salvaguarda para a Faixa Costeira Portuguesa (Geologia Costeira)
J. M. Alveirinho Dias (1993)
Os manuais técnicos afirmam, e reafirmam, que as "CAUSAS DA EROSÃO COSTEIRA" são múltiplas. Embora alguns desses factores sejam (ou possam ser considerados) naturais, a maior parte é consequência directa ou indirecta de actividades antrópicas.
Os principais factores responsáveis pela erosão costeira e consequente recuo da linha de costa são:
- elevação do nível do mar;
- diminuição da quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral;
- degradação antropogénica das estruturas naturais;
- obras pesadas de engenharia costeira, nomeadamente as que são implantadas para defender o litoral.
IV.4.a) - Molhes e Quebra-Mares.
Há que reconhecer que os molhes e quebra-mares dos portos são imprescindíveis para o desenvolvimento económico e social do país. Têm, fundamentalmente, duas funções: modificar as condições oceanográficas locais (por forma a tornar mais segura a entrada do porto e a própria zona portuária); e modificar as condições da dinâmica sedimentar (por forma a fixar canais de navegação e minimizar o assoreamento).
Como é evidente, tais estruturas perturbam profundamente a dinâmica intrínseca do litoral, entre outras razões porque:
a) modificam, as condições locais da deriva litoral, induzindo fenómenos de difracção, refracção e reflexão da agitação marítima totalmente estranhos ao funcionamento natural do sistema;
b) frequentemente, divergem para o largo as correntes de deriva litoral, o que tem como consequência a deposição de areias a profundidades em que dificilmente são remobilizadas, o que se traduz numa diminuição da deriva litoral nesse troço costeiro;
c) interrompem, quase por completo, a deriva litoral (pelo menos até colmatação completa do molhe), o que tem consequências profundamente nefastas para o litoral a jusante dos molhes (Fig. IV.16).
Estudo de Avaliação da Situação Ambiental e Proposta de Medidas de Salvaguarda para a Faixa Costeira Portuguesa (Geologia Costeira)
J. M. Alveirinho Dias (1993)
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