O Ambiente na Figueira da Foz

Na rua das Cantarinhas iniciaram as obras de requalificação do passeio. Eliminaram a vegetação, sem necessidade. Arbustos e árvores foram desconsiderados. Mentalidades. Ficaram uns troncos que irão secar ou crescer atrofiados.

Depois da chuva e torrente, o Mondego trouxe consigo vários detritos e "objetos perdidos". Em número significativo aparecem plásticos. Bacias, garrafas de água, embalagens de iogurte, copos descartáveis de cerveja, chinelos, ...e n outros artefactos de plástico. O problema está no facto de não serem biodegradáveis. As partículas de plástico permanecem nos Oceanos durante décadas, cada vez mais pequenas e insidiosas. Estratégias de limpeza? Não há.

Tal como seria de esperar as areias invadem o local onde havia praia - em frente à Muralha de Buarcos. A praia de Buarcos expande-se de um lado, contraindo-se do outro. A cota das praias a sul do molhe norte, do rio Mondego, continua a aumentar. Dentro de pouco tempo o mar não será avistado por quem anda a pé na Avenida 25 de Abril, na zona de Buarcos.

Além dos problemas pontuais da figura abaixo, existem na Figueira da Foz problemas estruturais de espaços mal concebidos. A escolha dos materiais (pedra das escadas escorregadia, madeira com limos) ,a configuração (arestas vivas, vãos largos sem corrimão) e o pensamento do projetista/dono da obra não estão alinhados com as necessidades da população. Quem anda a pé pela cidade facilmente se apercebe da ausência de políticas proativas de mobilidade. Apesar de alguns esforços - pintura da sinalização vertical; passadeiras elevadas (mas pouco) - está ainda quase tudo por fazer. O rol de inconformidades com o DL 163/2006 (acessibilidades) é muito extenso. Contudo, mesmo em obras recentes (margem do rio/Forte/ passeios) continua a CMFF a não obedecer às regras básicas da mobilidade. Esplanada Silva Guimarães  

Os jardineiros da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ontem, escolheram uma árvore do Jardim Municipal para "atarracar". A árvore está bem dimensionada ao espaço em que se encontra. Tem altura e largura livre para crescer. Contudo, alguém na CMFF achou que se deveria destruir a copa da árvore. Corta ramo aqui e acoli e temos uma árvore atarracada e vulnerável a ataques patogénicos. Para quê ? Qual o racional desta intervenção técnica ? Portanto, preparem-se cidadãos da Figueira para mais um Inverno de podas e rolamentos arbitrários, para mostrar serviço e dar (falsamente) a ideia de que se está a cuidar dos espaços verdes. Jardim Municipal - Árvore atarracada em 2016  

Neste início de ano de 2016 surgem os mesmos problemas, erosão costeira e as estradas/ruas que ficam cobertas de areia. Não é a areia que estás a mais, mas sim a estrada que foi mal construída, ocupando o "espaço natural" e criando problemas onde eles não existiam. Interessa ainda rever a manutenção de estruturas fixas (parque de estacionamento) em locais valiosos do ponto de vista paisagístico e ambiental