Espaços públicos medíocres - Passadeiras sem segurança
Excerto de uma entrevista em 2010 do presidente da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária. Em tudo atual, tendo infelizmente o apelo às Câmaras Municipais sido em vão. Pelo menos na região centro são raras as Câmaras que investem seriamente na prevenção rodoviária.
Entre Janeiro e Março foram atropeladas em passadeiras 310 pessoas. Como é possível?
Isso pode querer dizer que ou as passadeiras não estão correctamente colocadas, ou os peões ou os condutores não respeitaram a passadeira. O peão só tem prioridade sobre o veículo, quando já está a atravessar. Não é aceitável existir um número de acidentes graves tão elevado como hoje existe em meio urbano.
E os atropelamentos têm aí uma expressão muito grande. Praticamente metade das vítimas de acidentes morrem dentro das localidades.
O que é normal na União Europeia é essa percentagem rondar os 30 ou 35 por cento. Em Janeiro, e segundo o novo indicador de apuramento de sinistralidade rodoviária - que inclui as mortes que
ocorrem no mês seguinte ao acidente -, das 83 mortes registadas 23 eram peões.
ocorrem no mês seguinte ao acidente -, das 83 mortes registadas 23 eram peões.
É um número demasiado elevado.
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Com a população a envelhecer não se vê uma política de
segurança virada para a terceira idade...
As cidades alteraram-se para se adaptarem ao automóvel, alargando faixas
de rodagem e criando estacionamento - por vezes até ao ponto de se
esquecerem das pessoas. Por questões ambientais e de segurança
rodoviária temos agora de fazer o caminho inverso. Até aqui foram
inauguradas pelos municípios obras muito apetecíveis - escolas, pavilhões
desportivos, bibliotecas. Mas há muitas escolas que não têm passeios para
lá chegar e onde a sinalização praticamente não existe ou está mal
colocada. As cidades não têm acompanhado o esforço de prevenção feito
ao longo destes anos na rede rodoviária nacional. As autarquias deviam
dedicar a próxima década a fazer passeios para peões, embora a sua
inauguração não seja tão apelativa.
segurança virada para a terceira idade...
As cidades alteraram-se para se adaptarem ao automóvel, alargando faixas
de rodagem e criando estacionamento - por vezes até ao ponto de se
esquecerem das pessoas. Por questões ambientais e de segurança
rodoviária temos agora de fazer o caminho inverso. Até aqui foram
inauguradas pelos municípios obras muito apetecíveis - escolas, pavilhões
desportivos, bibliotecas. Mas há muitas escolas que não têm passeios para
lá chegar e onde a sinalização praticamente não existe ou está mal
colocada. As cidades não têm acompanhado o esforço de prevenção feito
ao longo destes anos na rede rodoviária nacional. As autarquias deviam
dedicar a próxima década a fazer passeios para peões, embora a sua
inauguração não seja tão apelativa.
Passeios estreitos e passadeiras sem segurança no centro de Buarcos |
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