Animais torturados no Circo Cardinali


Circo Cardinali e a Tortura dos Animais



Gosto de circo. A atmosfera, as cores, os palhaços, saltimbancos, as tendas e roulotes....é bom que o Circo venha à cidade. Mas, desde miúdo que me choca imenso a maneira como tratam os animais. As jaulas são exíguas, condições higiénicas deploráveis, o calor (as jaulas são em chapa metálica), as moscas, as feridas...e os maus tratos, tudo isto, contribui para que os animais tenham uma vida de sofrimento e agonia.
Assim, circo sim, maus tratos e sofrimento animal desnecessário, NÃO !
O Circo Cardinali tem sido acusado de ser torcionário, espetando ferros aguçados em elefantes, dando socos em leões...etc. Na fotografia vê-se o Cardinali, ele-próprio, a picar o elefante. Não é próprio de gente civilizada tratar assim os animais. Trata-se, nas palavras do filósofo Peter Singer, de uma forma de especismo, em que a nossa espécie é a medida de todas as coisas, e nada existe para além do ser humano.

O normal seria ter circo sem animais selvagens (amestrados), usando somente o génio humano e animais domésticos, bem alimentados e tratados. Seria mais digno e dignificante.

Viva o Circo, Fora o Cardinali e a Tortura dos Animais.
Maus tratos em circos portugueses - Relatório Elaborado pela Associação ANIMAL
Introdução
Nos últimos 100 anos, o conhecimento humano acerca do planeta em que vivemos e dos animais com que partilhamos o nosso mundo cresceu imensamente. Fizemos grandes avanços na tecnologia, na medicina e na ciência. Contudo, como podemos considerar-nos civilizados, enquanto continuamos a permitir o sofrimento e abuso de animais simplesmente para entretenimento?
Historial
A Animal Defenders International (ADI) e a ANIMAL lançaram a campanha “Basta de Sofrimento nos Circos”, cujo objectivo é pôr fim ao uso de animais em circos em Portugal.
Este relatório baseia-se nas observações de Investigadores da ADI recolhidas em circos portugueses em Agosto de 2003 e em Junho e Agosto de 2005. Um total de onze circos com animais, uma “Exposição de Serpentes e Animais” e um circo sem animais foram observados durante esta investigação em Portugal. Um investigador da ADI a trabalhar sob disfarce conseguiu emprego num circo, o Circo Soledad Cardinali, onde recolheu imagens em vídeo e fotografia.
Em 2005, pelo menos 342 animais estiveram a viajar por Portugal em circos. As nossas observações revelam que estes animais passaram por severa reclusão, em ambientes de privação e anti-naturais, sem qualquer enriquecimento ambiental, com dietas inadequadas e sujeitos a abuso físico. Também identificámos vários animais que manifestaram distúrbios comportamentais – tais como os movimentos repetitivos sem sentido –, que são indícios de stress agravado. Estes são animais que estão a ser enlouquecidos nos circos.
Sumário de Conclusões

● Animais a viverem em condições inadequadas, anti-naturais e de privação.
A severa reclusão é uma situação constantemente encontrada em todo o mundo, em circos itinerantes com animais. Em Portugal, descobrimos que esta situação é agravada com alojamentos inadequados para as espécies, incluindo falta de espaço para que os animais se exercitem apropriadamente ou para que possam reproduzir comportamentos naturais, e, para muitos, com a falta de interacção social com elementos da sua própria espécie. Registámos como comum o fornecimento inadequado de água e alimentação. Outros exemplos de alojamento anti-natural e inapropriado incluem babuínos junto a leões da montanha.

● Violência usada para controlar os animais, como por exemplo:
elefantes a serem agredidos com ganchos e aguilhões de metal;
póneis a serem chicoteados em todo o seu corpo durante o treino;
um burro a ser pontapeado;
um pónei a ser espancado na face;
um porco a gritar enquanto um trabalhador do circo tentava fazer com que uma coleira lhe coubesse;
elefantes a serem espancados e agredidos na zona da cabeça.

● Vários animais a reproduzirem comportamentos perturbados e repetitivos, incluindo estarem constantemente a deslizar o corpo de um lado para o outro, a abanar a cabeça, a andarem sempre para trás e para a frente, sempre sem saírem do mesmo lugar. Estes distúrbios comportamentais foram vistos em ursos, chimpanzés, elefantes, babuínos, tigres e leões. Também identificámos cavalos a tentarem morder-se entre si e um urso a bater com a sua cabeça contra as grades da jaula.

● Trabalhadores dos circos a não prestarem atenção nem cuidados de saúde a animais feridos.

● Quando os circos se deslocavam de uma localidade para outra, os animais eram mantidos nas suas jaulas de
transporte por períodos desnecessariamente longos – até 16 vezes mais longos do que o tempo que a viagem tinha levado.

● Pobres condições de segurança do público (e, claro, de segurança dos animais).
Estas situações encontradas envergonham Portugal.

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