Desenvolvimento - parte I

O desenvolvimento continua a significar hoje, para a esmagadora maioria, o que significava durante a revolução industrial: fábricas, produção de bens tangíveis, riqueza material, mais poder económico i.e. ter dinheiro poder comprar e possuir, um carro maior, uma casa com piscina (de preferência murada e longe do convívio com outros humanos...). Enfim, a mente humana continua acorrentada a um processo de acumulação material, somos todos diariamente impelidos a consumir mais, senão a economia não cresce, e se não cresce não há emprego para todos ! São os slogans com que nos martelam os ouvidos há décadas.

Ignoramos, quase todos os nós, que este desenvolvimento económico tem sido prodigioso, ao nível da acumulação material, com o sacrifico de milhões de pobres, a destruição da Natureza, o envenenamento do meio que nos rodeia. Hoje, nem a os vastos Oceanos são capazes de nos fornecer peixe fresco suficiente. Como será possível que em 2007 tenhamos que comer peixe de aviário (aquacultura) cheio de medicamentos ?

O desenvolvimento de uma cidade como a Figueira da Foz, com condições naturais extraordinários, continua a ser pensado e executado como se estivéssemos no século XIX, o que interessa é produzir e consumir, acumular riqueza material. E a beleza ? E o prazer da paisagem natural ? Harmonia ?

(continua)

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