Palácio Conselheiro Branco - Maiorca




Durante uma recente visita a Maiorca, entrei no Palácio Conselheiro Branco, onde até há alguns anos funcionava a GNR local. O imponente edifício, património municipal (ver história abaixo), está abandonado, rapidamente a degradar-se por falta da mais elementar manutenção. O facto de não estar ocupado, não serve ninguém, aumenta a probabilidade de vandalismo e ruína.
A 12.12.2002, há 6 anos atrás afirmava Duarte Silva numa reunião de Câmara a propósito do Paço de Maiorca e do Palácio Conselheiro Branco:
"O Presidente continuou dizendo que o que pretendem é assegurar e garantir que não aconteça ao Paço de Maiorca o mesmo que se verifica numa série de monumentos que se vêem por aí, porque, a única maneira de preservar um edifício antigo é dar-lhe vida. Dando uma ocupação económica, assegura-se a manutenção do Paço para toda a gente, atribuindo actividade económica ao local, criando-se emprego e atracção. Acrescentou ainda que não se trata de fazer negócio, mas, apenas a criação de uma actividade económica de forma a garantir a sustentabilidade do monumento,continuando a sua preservação e tornando-o disponível para o público em geral entre os quais os figueirenses."

Naturalmente, surgem várias questões: o que fez a Câmara Municipal para dar uso a este importante activo durante estes seis anos? De visível pouco ou nada.
Cada dia que passa aumenta o custo de uma eventual recuperação do Palácio, perde-se mais um activo municipal.

Informação do IPPAR
Implantado na zona antiga de Maiorca, próximo do Paço, o Palácio Conselheiro Branco destaca-se do casario que o envolve, pelas suas fachadas de linhas neoclássicas, de tradição neopalladiana, cujo modelo radica no edifício da antiga feitoria inglesa, no Porto.
São pouco abundantes os dados disponíveis sobre este imóvel e sobre a sua construção, que deverá remontar às últimas décadas do século XIX.Depois da morte do Conselheiro, o imóvel recebeu uma escola de freiras, um consultório médico, e uma creche, tendo sido adquirido nos aos de 1930 pela Câmara Municipal da Figueira da Foz. Já na década de 1960 acolheu a Guarda Nacional Republicana. Todas estas diferentes funcionalidades obrigaram a reformas e adaptações, que alteraram, e degradaram, principalmente os espaços internos.
(Rosário Carvalho)

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