15.395 euros do orçamento municipal

CONSTRUÇÃO DA VARIANTE INTERNA DO PAIÃO - Câmara Municipal da Figueira da Foz
- 700 metros de via -
PROPOSTAS

PAVIMENTOS
O objectivo primordial de qualquer tipo de pavimento a utilizar em passeios de zonas semi-urbanas deverá ser o conforto e segurança pedonal. Associa-se a este critério a garantia de durabilidade e resistência. Frequentemente o parqueamento indevido por parte de veículos motorizados degrada o piso provocando sérias dificuldades à locomoção dos peões.
Defendendo a qualidade do pavimento e respectiva regularidade propõem-se a execução do mesmo, na Variante Interna do Paião, em placas de betão em substituições da proposta do executivo que aponta a calçada (tipo portuguesa) como solução construtiva. Outros factores concorrem para a substituição:
• Dificuldade de manutenção devido à aturada limpeza (ervas daninhas, arestas)
• Encarecimento das obras de reposição e manutenção quando há degradação do piso devido a obras (saneamento, águas, electricidade) ou parqueamento de veículos motorizados

O factor económico deverá pesar também no processo decisório. Tomando a actual opção da CMFF o custo dos pavimentos (em 700 metros de obra) eleva-se a 53.143 euros. Caso a opção seja a mais racional, do ponto de vista do conforto, durabilidade e manutenção, os custos reduzem-se para 37.748 euros, poupando-se imediatamente 15.395 euros ao orçamento da CMFF..

PASSEIOS E LANCIL REBAIXADOS
Em determinados troços a largura do passeio reduz-se a níveis (1 metro) impraticáveis e que não garantem a mobilidade mínima. Poder-se-ia ter abdicado da largura da via, 0,5 metro, criando-se inclusive zonas de acalmia de tráfego, para viabilizar a mobilidade pedonal.
O rebaixamento dos passeios para passagem dos veículos automóveis às respectivas garagens conduzem sempre à perda de qualidade da via pedonal, obrigando ao maior esforço do peão (população idosa).
Resulta desta análise que se continua a privilegiar o tráfego automóvel em absoluto detrimento das pessoas e do seu inalienável direito a circular em segurança e conforto.

ÁRVORES, ESPAÇOS VERDES E REDE DE REGA
A exiguidade do espaço disponível para zonas verdes e a opção por espécies de elevada intensidade de manutenção obrigam a despesa suplementar.
A opção por espécies sem rega (arbustos e plantas autoctones) e de elevada resistência bioclimática conduziria à poupança dos seguintes montantes:
- sistema de rega: 3.500 euros
- consumo de água anual: 671 euros/ano
- conservação e manutenção: 1.120 euros/ano
As árvores escolhidas, 32 gravillea robusta (espécie australiana que pode atingir os 20 metros de altura) com um compasso de 10 metros, poderão colidir com o edificado e devido ao seu elevado porte degradar as estruturas urbanas. Será de reconsiderar a redução do número destas espécies e optar por outras com menor porte.

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