"Autarquias sem ambição"

O texto de Leonel Moura, publicado aqui chama a atenção para aspectos importantes que visam melhorar a qualidade da acção autárquica.
Cito algumas passagens:
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Houve um tempo em que se defendia que era de evitar a todo o custo a concentração de pessoas nas cidades e que seria melhor mantê-las no campo ou em periferias. Isso conduziu ao abandono dos centros urbanos e aos desastres suburbanos. Hoje percebe-se que essa opção era profundamente errada. Uma elevada densidade populacional é favorável à qualidade de vida, à liberdade, à criatividade e ao desenvolvimento económico. Por isso, muitas cidades, em particular na Europa, têm criado programas para repovoar os centros. O que tem aumentado a sua competitividade e gerado dinâmicas em torno das actividades ligadas às chamadas "indústrias criativas", as quais são hoje uma componente essencial de uma economia assente nas novas tecnologias e na inovação."...."
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Ao invés de pretenderem imitar o vizinho, as câmaras deviam promover planos capazes de gerar realidades singulares e distintas. Deviam apostar em diferenças que fazem a diferença.

Do mesmo modo é preciso ousar experimentar novas soluções para velhos problemas. Não é aceitável que as nossas cidades médias e grandes continuem a não mostrar habilidade para resolver coisas tão básicas como o trânsito rodoviário, o estacionamento ou os que se prendem com a habitação ou a sujidade. Tudo questões básicas mas sem as quais é difícil conquistar atractividade, já para não falar de garantir o bem-estar das populações. Há aqui uma evidente falta de ousadia e imaginação.

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