Estratégia do Poluidor - Pagador - Iniciativa Holandesa

Post retirado do blog do meu primo (em segundo grau) Rui Fonseca, com o qual concordo inteiramente.

INTENÇÃO INTELIGENTE

Lê-se no Expresso/Economia desta semana que o governo holandês planeia substituir, até 2012, todas as taxas, impostos e portagens , por um sistema associado à utilização efectiva dos veículos. Um equipamento GPS instalado em cada viatura registará a distância e o tempo de cada viagem. Cada automobilista só terá de pagar em função da cuirculação efectiva do seu veículo. As autoridades holandesas esperam uma redução de 15% na circulação automóvel, redução de congestionamentos, 10% de redução na emissões de CO2, redução de 7% de vítimas mortais em acidentes, aumento de 6% na utilização de transportes públicos. Com a abolição do imposto automóvel, o preço dos veículos deverá descer 25%.

Calculam os holandeses que o custo médio será de cerca de três cêntimos por quilómetro percorrido, estando previstos aumentos de preços em determinados horários ou percursos mais disputados."..."

Em Portugal o Governo disse que iria avançar com 'chip' nas matrículas mas as oposições, em maioria na AR, opõem-se. "..."

Ninguém sabe, ou ninguém se entende, acerca das políticas que poderão safar Portugal da situação de crise endémica em que caiu há mais de uma década. Políticas que nunca poderão ser populares porque se o pudessem ser há muito que estariam em vigor. Políticas com pontos de apoio diversos, porque nunca existirá só uma que, só por si, possa mobilizar os portugueses de modo que não se atrasem ainda mais no pelotão europeu, onde nos integrámos há 23 anos pouco conscientes das exigências da corrida.

Ouve-se e lê-se frequentemente que Portugal só sai desta crise prolongada se aumentar a sua produtividade, condição sine qua non para aumentar a sua competitividade e reequilibrar as suas contas. A produtividade, por sua vez, contudo, pressupõe que se conjuguem vários factores propícios. Um deles, inquestionavelmente, é a criatividade. Temos de ser diferentes em muitas coisas para superar os nossos handicaps naturais. Mas a diferença implica, por sua vez, capacidade de adaptação à mudança. Quem segue o rebanho não pode deixar de borrar os pés.
Os holandeses, que não têm, nem de longe nem de perto, os problemas com que, colectivamente, nos confrontamos demonstram que, mesmo os seguem à frente, não descuram a necessidade de mudanças. Até nas suas bicicletas, uma coisa que em Portugal já quase só é vista numa esfarrapada Volta Portugal.

Holanda Aprovada taxa por quilómetro percorrido

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