A Hora do Planeta e a Iluminação Pública | Comunidade

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A Hora do Planeta e a Iluminação Pública


Desperdiça-se muita energia em Portugal.
Particularmente no setor da iluminação pública (IP) são muitos milhões
de euros mal gastos, por falhas de projeto, má escolha das luminárias,
excesso de potência e casos em que a iluminação é redundante (2 e 3
candeeiros quando bastava um), inadequada e sem utilidade.


Há ruas e estradas iluminadas, em todos os concelhos do país,
apesar de não terem movimento pedonal e viário que justifique tanta IP.
Estivessem as estradas bem pintadas e sinalizadas e a IP seria
praticamente desnecessária.


Projectistas e urbanistas escolhem frequentemente equipamentos pela
sua estética, “são bonitos”, sem consideração pelos custos de exploração
e sustentabilidade. Vários tipos de candeeiros, especialmente “as
bolas” sem espelho são ineficientes, difundindo a luz pelo espaço em vez
de a concentrar onde ela é necessária, junto ao solo onde passam as
pessoas. No mesmo âmbito destacam-se os inúmeros focos decorativos a
iluminar “monumentos, escolas, sedes de instituições, igrejas, edifícios
notáveis…etc” durante toda a noite, quando em alguns casos se
justificaria a ligação nas horas de maior visibilidade (20h – 01h) e
noutros não se justifica de todo que o “monumento” esteja iluminado com
fortes projetores. Bastará fazer as contas: um conjunto de quatro
projetores de 500 W ligados durante o período noturno gastam por ano 1
340 euros. Multiplicando estes projetores por 100 edifícios e teremos
134 000 euros gastos em iluminação decorativa…dinheiro que poderia ser
investido na melhoria da eficiência energética. Muitas aldeias, vilas e
algumas cidades da Europa central (Alemanha, França,…etc.) optaram há
muito tempo por desligar toda a iluminação pública noturna, poupando
milhões de euros aos contribuintes. No Brasil a iluminação pública tem
uma taxa específica e é paga pelo cidadão residente à autoridade local.


A Hora do Planeta é uma iniciativa global que visa chamar a atenção
para os problemas ambientais. Assim, às 20 horas e 30 minutos de sábado,
dia 29 de Março, a Hora do Planeta 2014 juntará “centenas de milhões
de pessoas em todo o mundo numa ação simbólica em defesa do ambiente,
um momento único de contemplação do planeta em que, pelo oitavo ano
consecutivo, o mundo fica às escuras
”. Seria ótimo que estas
iniciativas levassem a população e os responsáveis políticos a agirem,
racionalizando o uso da iluminação artificial e permitindo a
contemplação das estrelas num céu naturalmente escuro.


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