As nossas estradas: ausência de civismo e de fiscalização
Calmamente a 110-120 km/hora circulo na A17, sentido sul-norte, ao fim da atarde. Sou ultrapassado por um veículo pesado. Fiquei estarrecido. Seria um camião roubado ? Estaria o homem embriagado ao volante de uma "arma" de 25 toneladas ?
Acelerei até retomar o contacto visual.
O veículo pesado seguia a mais de 140 km/hora. Mais tarde, na portagem, observei o condutor. Um jovem de 30 anos a fumar um cigarro no anterior, como se nada fosse com ele espantou-se com o meu olhar inquisitivo.
Imaginem um veículo de 25 toneladas a 140 km/hora a embater num veículo ligeiro...será sempre uma tragédia. Um veículo daqueles àquela velocidade não pára em menos de 200 metros, uma eternidade.
O meu arrepio prende-se também com o facto de tradicionalmente os condutores profissionais terem uma postura diferente, mais racional. Além disso, estes veículos são obrigados por lei a terem tacografos - registo automático da velocidade e distância percorrida.
A impunidade nas estradas portuguesas é quase total, ou melhor a sensação de impunidade é notória no comportamento abusivo de muitos condutores. Quem se abstém de telefonar ao volante por receio de ser multado ? Quem respeita dos limites de velocidade dentro das povoações ? E os limites de velocidade na auto-estrada ?
Onde está a GNR e a PSP no controlo dos condutores ? Só aparece em dias de "operação" ?
Nas frequentes viagens que faço pela ex-EN111 não vejo um elemento fiscalizador há muitos anos. Porquê ?
Se realmente exercem a fiscalização, porque não a publicitam ?
NA FOTO:condutor fotografado com o "jeep" em cima do passeio mesmo em frente à PSP de Coimbra. A impunidade no seu esplendor máximo.
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