Comentários à excessiva velocidade na estrada

Destaco este comentário que recebi de um anónimo

ANÓNIMO
Calmamente a 110 ou 120 à hora?
Para ir a essa velocidade, ou ia quase a dormir ou então "..."
"..."
Quanto ao condutor do veículo estacionado em cima do passeio, está no seu direito de o fazer. Se a polícia aparecer é que pode ser multado ou mandado retirar dali a viatura.



O leitor anónimo que escreveu o comentário anterior personifica o mau condutor português, e é sem dúvida um potencial causador de instabilidade rodoviária.

1º - Considera que quem circula a menos de 160 - 180 km/h não merece circular, ou então vai a dormir. Isto é, condutor que se preze, acelera e bem. São estes condutores que se colam a nós quando circulamos a 120 km/h, dão 5 metros de distância...os machos da estrada.

2º - O "anónimo" é dos tais que estaciona em cima do passeio. Peões são gente sem direitos. O carro (e o "eu") em primeiro lugar. Vale mesmo tudo ! Ética ? Bom senso ? Respeito pelos outros ? Não há. O meu umbigo é o maior do mundo.

3º - A ausência de policiamento eficaz protege este tipo de conduta que o anónimo defende e aplaude. Certos condutores fazem o que bem lhes apetece porque se sentem impunes. Infelizmente.

Comentários

  1. é regular circular todas as semanas na auto estrada, por vezes mesmo dentro do limite a 120, tenho a sensação de que não estou lá muito seguro, ou devido à estrada que não oferece as melhores condições para tal velocidade ou a condutores que certamente tem a mesma linha de pensamento do anónimo.
    o passeio é para as pessoas, não para os automóveis. mas certamente quando ele vai a andar no passeio e tem um carro no caminho é o primeiro a reclamar .verdade é que em certos sítios pode-se estacionar em cima do passeio, creio.

    ResponderEliminar
  2. Meu caro,

    Acho que o que se está a passar com ataques ao meu blogue está a passar todas as marcas do bom senso!
    Pessoas de bem, livres, solidárias, e de valores não se devem rever em "baixarias" que raiam o grotesco. Refiro-me evidentemente ao blogue criado para me afrontar (o pilante).
    Eu nunca me meti com ninguém,não compreendo este tipo de ataques pessoais.
    Será que estas atitudes se devem receber pacificamente? Onde fica a solidariedade e o amor pela luta contra qualquer forma de opressão/achincalhamento?

    Acho que o que é demais já ultrapassa o universo a que se destina.

    Os meus cumprimentos

    ResponderEliminar
  3. João,

    O comentário anónimo (que quase sempre denuncia desde logo o carácter - ou a falta dele - de quem comenta) reflecte, infelizmente, o modo de pensar de muitos portugueses.

    Mas, para além desses, há também os que concordam contigo mas procedem como os outros.

    Vezes sem conta já dei por mim a protestar contra esta falta de civismo sem freio que se exibe por todo o lado. E acabo por me ver, a mim mesmo, como um ET, demasiado velho ou demasiado inocente.

    Numa dessas vezes, creio que já contei este episódio no meu caderno de apontamentos, encontrava-me numa reunião anual de proprietários da urbanização onde resido. A vizinhança é constituída por gente geralmente nova, e, penso, não mal sucedida na vida. Presumo que a maioria terá frequentado a Universidade.

    Muitos dos pontos em discussão já transitavam de anos anteriores e tinham que ver com questões que o bom senso supunha deverem há muito tempo estar resolvidas: excrementos de cães nos passeios, cães vadios à solta, carros em cima dos passeios, etc.

    Quando chegou a vez dos carros em cima dos passeios, perguntei porque razão, pelo menos, não colocava a segurança um papel dos pára-brisas dos prevaricadores e relembrar-lhes que os passeios eram para as pessoas passarem e as ruas para os carros andarem ou estacionarem.

    Levantou-se um comproprietário, visivelmente incomodado, a perguntar-me que transtorno me fazia um carro meio estacionado no passeio?

    Respondi-lhe que, segundo a lei e os bons costumes, os carros não deveriam estacionar em cima dos passeios. Da assistência, nem uma só voz se levantou para me apoiar. Nunca mais voltei às reuniões de proprietários. Nem vou voltar. E não vou voltar porque sei que, deste modo, nada se resolve.

    Como é que se resolve, então? Francamente não sei. Mas sei como se deveria resolver: com o esforço de cumprimento da lei por parte de quem sociedade atribuiu essas responsabilidades: a polícia, os tribunais.

    Infelizmente, e esse é o grande problema de uma sociedade que se torna cada vez mais complexa (e não estou a pensar já apenas nos carros em cima dos passeios mas em todas as infracções - algumas de tamanho imensamente maior - que estão muito para além das interacções micro sociais e atingem todas as relações a nível global)a fuga ao cumprimento das leis e ao respeito pelos valores universais está cada vez mais generalizada.

    Dizendo isto não defendo uma sociedade, um mundo, basicamente repressivos, mas afirmo a minha convicção de que não deve a liberdade ser tão complacente que consinta que sobre ela se abatam os seus inimigos e a convivência entre as pessoas, entre as sociedades, entre os povos, entre as nações, seja comprometida irremediavelmente.

    Há uma crise generalizada da justiça. Em Portugal, como em muitas outras situações, essa crise está exacerbada. Só sairemos dela numa situação de ruptura total? Receio que sim.

    Olhando para fora do buraco, no entanto, as perspectivas não são animadoras.

    Fala-se muito hoje na ncessidade de maior regulamentação dos mercados, e sobretudo dos mercados fiannceiros, e era esperável que uma crise do tamanho da actual já tivesse levdo os responsáveis mundiais a mudar as regras. Mas até agora pouco ou nada mudou. Talvez, afinal, o grau da crise não tenha sido suficiente. Não sei.

    O que sei é que com mais regras não se resolve o desregramento que vão desde os carros nos passeios até às manobras contabilísticas e outras com que meia dúzia de, até agora, inimputáveis abalaram o mundo.

    Porque, mais do que leis, do que se precisa é subordinar os homens e as sociedades ao respeito pelas leis que eles próprios aprovaram.

    Enquanto isso não for feito o tal motorista anda impunemente a 180 à hora.

    Lamento, mas não sei de outra solução.

    ResponderEliminar
  4. Meu caro,

    Acho que o que se está a passar com ataques ao meu blogue está a passar todas as marcas do bom senso!
    Pessoas de bem, livres, solidárias, e de valores não se devem rever em "baixarias" que raiam o grotesco. Refiro-me evidentemente ao blogue criado para me afrontar (o pilante).
    Eu nunca me meti com ninguém,não compreendo este tipo de ataques pessoais.
    Será que estas atitudes se devem receber pacificamente? Onde fica a solidariedade e o amor pela luta contra qualquer forma de opressão/achincalhamento?

    Acho que o que é demais já ultrapassa o universo a que se destina.

    Os meus cumprimentos

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Quercus acusa Estradas de Portugal de abater árvores

Alferes Robles, massacres de 1961 e a Guerra de Angola

O areal da praia urbana da Figueira da Foz