O gasóleo low-cost, marcas brancas, e os testes da DECO

O estudo da DECO sobre os gasóleos "low cost", é pouco rigoroso, demasiado curto e não obedece a critérios validados. Trata-se de um estudo de "curiosos", sem analisar a composição química do gasóleo, as emissões resultantes da combustão, o efeito em veículos mais antigos,...etc. 
Os efeitos do gasóleo de má qualidade (sejam marcas brancas ou não) sentem-se ao fim de muitos meses ou anos, especialmente em carros novos. 
A DECO necessita de ter uma atitude mais científica perante as questões que aborda. Optou neste caso por critérios superficiais, atacando como "o povo" deseja os "grandes interesses" das marcas tradicionais que segundo a DECO vendem "gato por lebre". A DECO deveria, e poderia, ter fundamentado melhor os seus argumentos.
 
Indico um estudo da U. Aveiro com um link abaixo: 
"A partir dos resultados da cromatografia verificou-se que os grupos predominantes nos três tipos de gasóleos [marcas brancas, marcas convencionais, gasóleos Premium] são as parafinas lineares, aromáticos e naftenos. 
Observou-se ainda que a diferença mais significativa das três classes está nos compostos de maior peso molecular, sendo que os gasóleos Premium apresentam percentagens inferiores das moléculas mais pesadas, o que facilita a combustão em relação às outras classes estudadas. A classe de marca branca foi a que apresentou os piores resultados neste aspecto." 

http://ria.ua.pt/handle/10773/3975

Outros estudos em inglês:
 Estudos sobre o efeito da qualidade do gasóleo em motores
 Premium Quality Diesel (opinativo, mas interessante)

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